Redução do horário de funcionamento dos bares gera protestos. Câmara de Lisboa invoca defesa dos moradores
“Alto aí, pára o Bairrol». Com um trocadilho «íntencíonalmente jocoso para condizer com os planos da Câmara [de Lisboa]», António Santos, frequentador assíduo do Bairro Alto, resumiu ao SOL a sua indignação com o Executivo de António Costa. “Fechar os bares às 2 horas é um assalto ao espírito da zona nocturna mais genuína da cidade ”, defende o vigilante de 27 anos, um dos apoiantes da petição online “Viva o Bairro Alto”, que tem já centenas de assinaturas.
A mudança de horários, a implementar a partir de 1 de Novembro, vai reduzir em duas horas o actual funcionamento dos bares. Contra a medida, o jurista Pedro Sá, de 33 anos, decidiu criar aquele movimento na internet http://www.petitiononline.com/ bairalto/petition.html. Mas a iniciativa traduz apenas uma das vozes de protesto que o SOL ouviu contra as regras anunciadas esta semana pela Câmara de Lisboa.
Além dos clientes, que defendem a existência, no centro de Lisboa, de uma alternativa de diversão às discotecas, também comerciantes e moradores criticam algumas das mudanças em curso no Bairro Alto.
É o caso de Maria Morais e Isabel Santos, moradoras e freguesas habituais do comércio do Bairro. «Prímeíro deveriam instalar as câmaras [de videovigilância] e só depois limpar as paredes», observa Maria. «Agora, com a recolha de lixo adiada para as manhãs [antes fazia-se de noite], sou obrigada a 'andar na porcaria' para conseguir sair de casa para o trabalho», protesta Isabel.
Na lista de queixas dos moradores, junta-se também o ruído provocado pelos clientes dos bares, muitas vezes associados a um crescente sentimento de insegurança.
Foi a pensar nos cerca de três mil residentes (que a Câmara calcula existirem no Bairro) que António Costa anunciou o encerramento antecipado dos bares e prometeu o reforço do policiamento e da iluminação, e a distribuição de kits de limpeza.
No pacote de medidas para 'dar volta ao Bairro Alto', aparece ainda um protocolo de cooperação entre a autarquia, a PSP, o Ministério Público e o Instituto de Reinserção Social, para combater actos de vandalismo, com destaque para os graffitis selvagens.
Ao corrente das alterações através das reuniões da Associação de Comerciantes do Bairro Alto, Augusto Silva, proprietário de um restaurante na Rua Diário de Notícias, defende que «é tudo história». Há 30 anos estabelecido no Bairro, este comerciante duvida da eficácia dos planos da Câmara: «Depois de ver ao que deixaram o Bairro Alto chegar é natural que seja um pessimista». Augusto considera que reduzir os horários dos estabelecimentos, por si só, não vai retirar as pessoas da rua – principal motivo de queixa dos moradores.
Já João Gonzalez, dono de um bar na Rua da Barroca, teme o efeito que a redução de horário dos estabelecimentos terá na economia local. “O comércio emprega mais de 1.500 pessoas, das quais 20 a 30% são moradoras e 40% arriscam ficar no desemprego».
O empresário questiona ainda a decisão de distribuir kits de limpeza pelos moradores, na medida em que a maioria da população residente tem mais de 60 anos. A confirmar o palpite, Ilda Mendonça garante que «aos 81 anos ninguém a vai obrigar a pintar paredes». A medida, a implementar dentro de seis meses, vai ao encontro da estratégia de concertação que António Costa delineou para o projecto. «Os moradores só não estão receptivos à bandalheira em que se transformou o Bairro Alto», defende.
in"SOL"edição 110, 18 de outubro,2008
reduzir os horários dos estabelecimentos, por si só, não vai retirar as pessoas da rua, mas vai ajudar em muito. Com o fecho as 2 da manha, pode ser que ás 4 ja tenhamos o bairro limpo, enkuanto se fecharem as 4 , só ás 6 é que fica finalmente transitavel, e até lá ninguem dorme, e os empregos das pessoas que não descansam por causa do barulho? ninguem fala disso.
ResponderEliminarA corte do bairro alto ao transito foi o pior que podiam fazer, pois as ruas sem carros só originou a abertura de bares porta sim porta não com 10m2, há bares que nunca tiveram licença e continuam abertos. Acabem com a ilegalidade.
Não saõ 2 horas que vão criar desemprego, os bares desde sempre que tiveram horario de fecho ás 2 e discotecas ás 4 e nunca houve drama, o que se passa é que hoje ninguem cumpre horarios no bairro alto seja ele qual for, ate restaurantes levantam as mesas e a partir da meia noite funcionam como bares.
Viva os moradores, que nao abdicam do direito ao descanso por causa dos antonios santos e outros querem beber copos e fazer barulho, para depois irem para casa, bem longe, dormir descansadinhos e curar a ressaca.
reduzir os horários dos estabelecimentos, por si só, não vai retirar as pessoas da rua, mas vai ajudar em muito. Com o fecho as 2 da manha, pode ser que ás 4 ja tenhamos o bairro limpo, enkuanto se fecharem as 4 , só ás 6 é que fica finalmente transitavel, e até lá ninguem dorme, e os empregos das pessoas que não descansam por causa do barulho? ninguem fala disso.
ResponderEliminarA corte do bairro alto ao transito foi o pior que podiam fazer, pois as ruas sem carros só originou a abertura de bares porta sim porta não com 10m2, há bares que nunca tiveram licença e continuam abertos. Acabem com a ilegalidade.
Não saõ 2 horas que vão criar desemprego, os bares desde sempre que tiveram horario de fecho ás 2 e discotecas ás 4 e nunca houve drama, o que se passa é que hoje ninguem cumpre horarios no bairro alto seja ele qual for, ate restaurantes levantam as mesas e a partir da meia noite funcionam como bares.
Viva os moradores, que nao abdicam do direito ao descanso por causa dos antonios santos e outros querem beber copos e fazer barulho, para depois irem para casa, bem longe, dormir descansadinhos e curar a ressaca.
Cá temos o nosso primeiro comentarista anónimo...Toca a ser bufo que os tempos covidam a isso! és sempre o mesmo!Nunca dormes?
ResponderEliminaranonimo o bairro alto so se vese avender droga trabalhao fora doras porta fechada e muinto bom para pessoas que nao tem familia um a braço
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