24 setembro 2008

NOTÍCIAS DO YGGY


Quando é que fazem a próxima festa? Foi esta a pergunta que mais vezes se ouviu durante a 1ª YGGY Cruise Party.
Com a lotação no máximo, o veleiro Príncipe Perfeito” partiu com 180 Yggyrianos para uma festa que jamais iremos esquecer. O pôr-do-sol permitiu tirar belas fotos de Lisboa e os seus monumentos, dando início a uma viagem que teve o som sempre cativante do dj Pedro Al Khan, com batidas e melodias que embalaram a comitiva para uma emocionante noite alfacinha. A banda Bandunamaste rebentou com o seu ritmo tribal, enfatizado pela percursão e um didgeridoo estremecedor.
Mas temos que realçar a excelência dos convidados, que abraçaram a verdadeira essência do que é o YGGY: uma forma diferente de estar na noite, em que a única palavra de ordem é Diversão.
Entre os noctívagos o contágio era total, as Yggyroskas libertaram os braços de todos aqueles que tentavam tocar ao de leve nas pontes sobre o Tejo. Muito bom!
O saldo desta 1ª festa YGGY tem uma promessa: da próxima vez seremos ainda melhores!
Abraços!
YGGY
Nelson, Pedro e Tack

21 setembro 2008

"Night Bus” gratuito aos fins de semana

Deixar em casa o carro ao fim-de-semana quando se vai para a noite de Lisboa é agora mais fácil graças aos novos autocarros gratuitos a servir o Bairro Alto e a 24 de Julho, além de uma maior oferta nocturna de transportes. As alterações, que estão em vigor nas noites de sexta-feira, sábados e vésperas de feriados, fazem parte do programa «Lisboa à Noite», que a Câmara Municipal e o Governo apresentaram no âmbito da Semana da Mobilidade 2008.
O Night Bus do Bairro Alto funciona em regime de vaivém entre o Marquês de Pombal e a gare marítima de Belém entre as 22h e as 5h, com intervalos de 20 minutos, enquanto o autocarro da 24 de Julho, circula entre o Cais do Sodré e Alcântara-Mar, no mesmo horário e com a mesma frequência. O programa «Lisboa à Noite» prevê também que o ascensor da Glória, que faz o percurso entre os Restauradores e a zona de São Pedro de Alcântara, junto ao Bairro Alto, passe a funcionar até às 4h30m. Na rede da madrugada da Carris há ainda um reforço de carreiras, que passam a circular de meia em meia hora, sendo ainda criado um novo percurso entre Belém e a Estação do Oriente. Para os que acabam a festa mais tarde há quatro novas carreiras, integradas na «Rede Alvorada», que antecipam a entrada em funcionamento do Metropolitano, entre as 5h e as 6h15m, sendo uma para cada linha do Metropolitano. Também nos comboios urbanos, a CP passa a fazer três comboios com partida de Lisboa às 4h30m nas linhas de Cascais, Sintra e Azambuja. Para atravessar o Tejo, passa a haver duas carreiras, também às 4h30m, nas linhas de Cacilhas e Barreiro, com partida do Cais do Sodré e do Terreiro do Paço.

http://viajar.clix.pt/noticias.php?id=3124&lg=pt

19 setembro 2008

MOBILIDADE NOCTURNA

A partir de 19 de Setembro terá início o projecto «Lisboa à Noite: Mobilidade Nocturna em Segurança». Trata-se de uma iniciativa promovida pelo Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, pelo Ministério da Administração Interna e pela Câmara Municipal de Lisboa, integrada na Semana Europeia da Mobilidade.

O projecto visa:
Reforçar a oferta existente da rede de Transporte Público nas noites de 6ª feira, sábado e vésperas de feriado em Lisboa;
Reduzir a taxa de sinistralidade, designadamente devido a excessos no consumo de bebidas alcoólicas;
Disciplinar o tráfego rodoviário, tanto em termos de circulação como de estacionamento; e
Aumentar a segurança no eixo Bairro Alto-Av. 24 de Julho e Rua de Cintura do Porto de Lisboa.

Com o objectivo de captar novos clientes que normalmente frequentam os espaços de diversão nocturna, a rede de Transporte Público será reforçada nas noites de 6.ª feira, sábado e vésperas de feriado da seguinte forma:
Dentro da cidade de Lisboa, a Carris disponibilizará os seguintes serviços:
Criação de dois serviços shuttle sem cobrança directa ao utilizador das 22h00 às 05h00 com intervalos de 20 min;
Prolongamento do horário de funcionamento do Ascensor da Glória até às 04h30;
Reforço da Rede Madrugada da Carris através da duplicação da frequência para intervalos de 30 min e da integração de uma nova carreira (204, Est. Oriente-Belém).
Criação de novas ligações suburbanas às 04h30:

A CP disponibilizará três circulações nos seguintes sentidos: Cais do Sodré-Cascais, Rossio-Sintra; e Santa Apolónia-Alverca;
A Transtejo disponibilizará uma ligação fluvial no sentido Cais do Sodré-Cacilhas; e
A Soflusa disponibilizará uma ligação fluvial no sentido Terreiro do Paço-Barreiro.

Este reforço da oferta da rede de Transporte Público será acompanhado pelas seguintes medidas de segurança:
Reforço da presença policial nos transportes públicos, estações ferroviárias e fluviais e nos eixos Bairro Alto-24 de Julho e Rua de Cintura do Porto de Lisboa;
Limitação do estacionamento às áreas legalmente autorizadas no eixo Bairro Alto-Av. 24 de Julho e Rua de Cintura do Porto de Lisboa; e
Limitação da circulação automóvel a uma faixa de rodagem por sentido na Av. 24 de Julho a partir das 23h00.

2008-09-19
Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações
www.governo.gov.pt

16 setembro 2008

HÁ "ESPERANÇA" NA RUA DO NORTE


ACIMA DE PRECONCEITOS
Uma casa da moda no Bairro Alto surpreende pela boa comida e ambiente

As minhas expectativas sobre os restaurantes são muitas vezes baseadas em preconceitos. Um restaurante no Bairro Alto, de decoração modernosa e empregados de negro trajados, a servir só comida alegadamente italiana, com pizzas em metade da lista? Só pode ser mau, não é? Fast-food em cenário avant-garde, não é? Pois a verdade é que gostei imenso de ir ao Esperança, na fantástica Rua do Norte, com as suas lojas cheias de personalidade, que só não é mais simpática devido à sujidade das ruas e das paredes cobertas de grafitti, de tags ou de lá corno é que chamam àqueles estúpidos rabiscos que estragam um bairro que tem muito a dar à cidade. Mas vamos lá ver porque é que gostei tanto deste restaurante. Em primeiro lugar, gostei de ver que estava cheio, com gente à porta, apesar de ser uma terça-feira de Agosto, todos com aspecto de quem se veste para jantar com a descontracção estudada que o local pede. Depois, gostei da transformação desta antiga mercearia com luzes baixas, ambiente quente e convivial, coerência de design de loiça e talheres. Aqui, faço um reparo para um dos aspectos mais negativos da casa: os copos são inenarráveis, no género daqueles baixos onde os bascos servem o txakoli, um refresco alcoólico a que eles chamam vinho branco e que só se justifica a acompanhar pinchos. Qualquer vinho com um mínimo de ambição, branco ou tinto, fica mal neles.


Já agora vou despachar outros dois aspectos negativos. A carta de vinhos é confusa e insuficiente, embora com preços dignos de elogio. A lista de pratos está só em italiano e ninguém tem obrigação de saber em Portugal o que são pomodorini ou funghi. Uma parolice que não fica bem numa casa como esta, tanto mais que me disseram que os cozinheiros são jovens saídos das nossas escolas de hotelaria (e que estão de parabéns, desculpem lá esta irritação ... ) e não gente de origem italiana.

Vamos então à comida. Couvert com boas azeitonas e pão de alho crocante e saboroso. Pedimos de entrada uma bruschetta de tomate, focaccia e, entre as várias opções de carpaccio, o clássico, de carne. O pão da bruschetta era bom e a fatia poderia estar só um bocadinho mais grelhada, mas oferecia resistência suficiente ao dente sem estar dura. Óptimo carpaccio, na temperatura que permite sentir o sabor e a textura macia da carne, mostrando que não estava a secar no frigorífico. Já a focaccia, que para mim é mais aquele pão fofo com azeite e ervas, era uma "pizza branca", ou seja, a massa só com azeite e alecrim. Foi a única falha gastronómica da refeição, demasiado queimada e engordurada ao centro, sem se sentir a erva. Espero que as pizzas, que desta vez não provei, sejam melhores.
Nos pratos principais, a minha mulher foi para uma lasagna alla Malafaya, muito leve na utilização certa de queijo e bechamel, no recheio vegetal com beringela e cogumelos, na massa que me pareceu caseira. Para mim, spaghetti negro com gambas, também com a massa fresca e cozida no ponto num caldo de mariscos. Estes estavam um pouco rijos, mas o conjunto cumpriu muito bem.
Nas sobremesas, um bom tirasmisú e um sorvete de tangerina delicioso e caseiro. Bebendo, para variar, um pinot grigio italiano (17 euros), vinho que nunca me convenceu, mas os copos também não justificavam nada de melhor, a conta foi de cerca de 35 euros por pessoa, podendo baixar alguma coisa, já que há outras garrafas mais baratas e a cerveja vai bem com pizza. Um preço razoável. O serviço, jovem e bem apessoado, foi simpático, descomplexado, informado e atento, contribuindo para a superação das minhas preconceituosas expectativas e fazendo com que saísse do restaurante muito bem disposto e com vontade de voltar. Ainda mais porque serve até às 2h da manhã e abre ao domingo.

Duarte Calvão
Notícias Sábado
6 Setembro 2008

10 setembro 2008

CAFÉ BAR BA

Longe do típico bar de hotel, o Café Bar BA, dividido por três níveis acolhedores, com diferentes graus de intimidade, é uma opção radical face às movimentações do Bairro Alto que dá nome ao hotel que o acolhe. E, lá no alto, pelo 6.º piso, há o terraço. Ah, o terraço....
Vindos do vórtice Chiado-Bairro Alto, passam-se as portas como quem se transpõe para outra dimensão. Uma atmosfera de tranquila civilidade apela a que nos elevemos, talvez já, até ao bar do terraço do Bairro Alto Hotel, cuja atracção magnética é poderosa. Mas, resistamos, por agora, a essa força que, em Lisboa, nos impele continuamente a ir mais longe e mais alto para mais cidade e rio ver. É que cá por baixo, ao nível da Praça Luís de Camões, vale a pena apreciar os recantos do Café Bar BA. Naturalmente, o bar faz jus ao conceito subjacente a todo o hotel e, tal como este, representa uma evolução radical na história deste edifico em esquina com a rua do Alecrim e a praça do poeta-mor.

Aqui, houve uma Ermida do Alecrim, levada pelo terramoto em 1755, depois fez-se edifício oitocentista, fez-se Hotel L' Europe de clientela ilustre, aportuguesou-se para Europa e poderia ter mudado para Ruína nos anos 80. A elevação do Bairro Alto Hotel mudou o estado de sítio. É agora um charmoso boutique hotel de cinco estrelas, com um estilo português de elegância clássica mesclado com traços cosmopolitas e apontamentos deco, elogiado pelas revistas de referência mundiais. Mas como aqui não viemos dormir nem sequer provar as promessas do restaurante Flores, dediquemo-nos a erguer o copo (é escolhê-lo de uma guarnecida carta de cocktails e etceteras à medidas das cinco estrelas) para celebrar os três anos de vida deste discretamente luxuoso hotelzinho (e o inho aqui é mesmo elogioso: tem apenas 55 quartos e é membro da exclusivíssima cadeia The Leading Small Hotels of the World).

Do espaço de uma velha Pastelaria Parisiense, o hotel erigiu o Café Bar BA, um cocktail bar que se partilha por três níveis, dois térreos e um em mezanino. Todos espaços pequenos e acolhedores, muito para lá do típico bar de hotel e onde, definitivamente, não se acabará a noite ao som de um "Strangers in the night" teclado por um cansado pianista. O mais certo é ser com um DJ a marcar os ritmos ou mesmo um sessão de jazz ao vivo, para além da banda sonora ambiente ao longo do dia. Para conquistar maior independência do hotel, o bar tem entrada directa pela rua do Alecrim (se bem que pelo átrio do hotel é sempre uma entrada mais em grande).

No piso térreo, é a mesa-estrela lacada de preto que enche o espaço e centra as atenções, guardada por um painel de caixas de luz que vai alternando as tonalidades. Descem-se uns degraus e entra-se para um lounge (baptizado de Igloo pelo seu tecto em abóbada e paredes brancas), espaço mais íntimo para descontrair entre almofadões. Sobre tudo isto, um terraço interior, em mezanino, uma extensão do bar que é uma verdadeira sala de estar dominada por madeira escura, onde se dispõem mesas chinesas lacadas e, num espaço mais recolhido, sofás. À disposição, televisão, mini biblioteca, jornais e revistas (e lareira, para o que der e vier).

E, daqui, damos um salto de seis andares, porque lá em cima está um mundo sem fim, abrigado por uma tela de lona que, conforme os ventos, também protege lateralmente. É um terracinho, que enquadra o casario lisboeta q.b. e o rio, aconchegante, reservado, (elitista, sim), sítio para onde gostaríamos de convidar apenas os amigos. Vá lá que o resto dos passageiros sente o mesmo e assim é tudo muito delicado e civilizado. E relax: camas, cadeirões, banda sonora à medida, serviço atencioso e tranquilo. E, por alguma razão, o Dry Martini aqui, certeiro e apurado, é dos que melhor sabe em Lisboa, talvez seja do microclima... Como espaço tão aberto quanto reservado é ideal para as mais diversas opções, sejam em grupo, solitárias ou absolutamente românticas - se for o caso comece logo lá em baixo, no átrio do hotel, a apontar para as amorosas esculturas de ferro de Rui Chafes, conjunto baptizado de "Vejo-me a amar-te". E, vendo bem, é uma declaração de amor que, a partir deste terraço, apetece fazer até à própria Lisboa.


Carta cinco estrelas
Sucessos do serviço de bar, conta-nos o barman Vasco Martins, são a saikirinha (sake + morango), os clássicos mojito ou Cosmopolitan. A (longa) carta de bebidas é composta por uma variedade de cocktails, para além de aqueles que o cliente desejar e que não constem por ali. Em destaque, os cocktails de champanhe: Bellini, Bairro Alto Royal, Kir Royal e Champanhe Cocktail fazem a festa. Há perto de uma dezena de vinhos a copo, além de espumantes e champanhes. De resto, encontra-se por ali um pouco de tudo, de grappa Nonino (?9) a um Porto Vintage, Taylors Quinta das Vargellas 2001 (55€ - 37,5 cl) ou a um whisky Martins 20 anos (22€). Há ainda uma guarnecida ementa de refeições ligeiras, sanduíches, saladas, tapas e sobremesas.

Jazz & DJ
Em Setembro, para a rentrée, o Café BA propõe todas as quartas (em complemento com Noites Gourmet no Restaurante Flores), sessões de jazz com o duo BY2, que cruza até aos blues, soul e pop. Todas as quintas e sextas, há DJ convidados. São noites especiais com 25 por cento de desconto.

Luís J. Santos (PÚBLICO)

http://lazer.publico.clix.pt/artigo.asp?id=210638

01 setembro 2008

POLICIAMENTO EM BALANÇO

Há menos traficantes no Bairro Alto
JOANA RAMOS SIMÕES - JORNALISTA DA AGÊNCIA LUSA

Os comerciantes que pagam o reforço policial em vigor há um mês no Bairro Alto fazem um balanço positivo da decisão que tomaram, mas continuam a defender que o pagamento deveria ser feito pelo Governo.
"Isto está muito melhor, à custa dos comerciantes. Agora, consegue andar-se à vontade no Bairro Alto até às três ou quatro da manhã sem se ser incomodado pelos traficantes", disse Leonídio Marques, proprietário de um restaurante que aderiu ao pagamento do reforço.
Eugénio Fidalgo nasceu no Bairro Alto e acabou por ali abrir um restaurante, também ele nota e os clientes dizem-lhe que "já não há traficantes como havia".
"Eu próprio era muitas vezes assediado. Eles iam atrás das pessoas, que se sentiam incomodadas. Tenho clientes que deixaram de vir ao Bairro Alto por causa disso", contou.
"Da minha esquina eles fugiram", acrescentou Eugénio Fidalgo, que também paga "do seu bolso" o policiamento extra.
Os comerciantes ouvidos pela Lusa explicaram que, antes do reforço policial, chegavam a juntar--se oito ou nove traficantes em algumas esquinas do Bairro Alto. Os homens aproximavam-se de quem passava e propunham "de maneira insistente, por vezes até puxando as roupas" que os transeuntes lhes comprassem droga.
Carlos Costa mora no Bairro Alto há mais de 30 anos, é polícia aposentado e conhece bem a zona, como morador e agente da autoridade. No último mês, notou uma "grande diminuição" no número de traficantes nas esquinas e "até no barulho".
Este morador acha que "os comerciantes fizeram bem em pagar o policiamento", embora defenda que "o Governo é que tem obrigação de zelar pela segurança dos cidadãos". Opinião partilhada não só por quem aderiu à iniciativa como por quem não aderiu.
"É um direito que temos. Já pagamos impostos, não temos de estar a pagar um extra", advogou Filipe Sequeira, proprietário de um bar, que já gasta dinheiro com um segurança privado, que "controla o ambiente e garante que não saem à rua copos de vidro".
Aquele comerciante defende a instalação de câmaras de videovigilância, mais policiamento, mais caixotes do lixo e uma maior fiscalização à higiene de bares e restaurantes.
Apesar de não contribuir para o pagamento de policiamento extra, em vigor há um mês, também Filipe Sequeira nota que "há menos traficantes nas esquinas do Bairro Alto".
O reforço policial entrou em funcionamento a 1 de Agosto, com um dispositivo de nove elementos, oito agentes e um oficial superior, estando cada estabelecimento comercial - mais de 70 proprietários de restaurantes e bares - a pagar 120 euros mensais pelo reforço.
In Jornal de Notícias