30 novembro 2009

Fado de luto por Adega Machado

De lágrimas nos olhos, a fadista Argentina Santos solta um desabafo: "Foi como se tivesse morrido uma pessoa." Apesar de ser gerente da casa Parreirinha de Alfama há 60 anos, viu com tristeza o fim da concorrente Adega Machado, símbolo das casas de fado lisboetas, que fechou portas há uma semana.



Entre Alfama e o Bairro Alto, a reacção é a mesma: espanto e já saudade por um espaço aberto há 72 anos e que deixou agora 28 pessoas no desemprego.

Na mais antiga de todas, a quase já centenária Adega Mesquita, a crise também se sente e só a paixão do gerente Paulo Gomes, 70 anos, mantém a casa de portas abertas e aspecto renovado: "Há subsídios para tudo, mas para a canção nacional não há. A Adega Machado era badalada, mas aqui já vi várias outras fecharem", contou ao CM.

Com casa cheia, o gerente de O Faia, António Ramos, vê também com pena o encerramento da casa de fado fundada em 1937 e lembra que a fórmula do sucesso passa por perceber as mudanças: "Temos de nos ir actualizando. As casas de fado não podem envelhecer", diz.

Com uma clientela essencialmente estrangeira, a maioria dos espaços do centro de Lisboa sentiu a crise global. No caso do Clube de Fado, em Alfama, apesar de alguns clientes reduzirem no consumo, o sentimento é de optimismo: "A depressão existe, mas tenho uma casa feliz. Num país onde toda a gente gosta de se vitimizar, vou bem de saúde", diz o guitarrista e gerente Manuel Pacheco.

"ERA O NOSSO GANHA-PÃO"

Dídia Pereira, 44 anos, estava de férias no Algarve com o marido, Diamantino, quando soube do encerramento do espaço onde ela servia à mesa e ele tratava da contabilidade: "Sempre sentimos esta casa como nossa. Era o nosso ganha-pão", conta ao CM. O fecho da Adega Machado por dívidas à Segurança Social, ao Fisco e a fornecedores, apanhou de surpresa os 28 trabalhadores, agora no desemprego. "Há casas aí a funcionar com muito menos condições do que esta e estão de portas abertas", conta a fadista Maria Portugal. Fundada em 1937 na rua do Norte, pelos artistas Armando e Maria de Lourdes Machado, era um símbolo das casas de fado do Bairro Alto.

REACÇÕES

"Estou desempregada e quando soube julguei que não estava a ouvir bem. Onde vou arranjar emprego agora? Quem tem gente em casas de fado não os vai despedir.": ANA CARVALHO Fadista

"Fiquei espantada com o fim da Adega Machado. Nunca pensei que uma sala com aquela categoria fechasse. Era um símbolo e passou por lá muita gente importante.": ANITA GUERREIRO Fadista


Rui Pedro Vieira

26 novembro 2009

Câmaras vão vigiar zona durante seis meses

Comerciantes congratulam-se com videovigilância no Bairro Alto

A Associação de Comerciantes do Bairro Alto, em Lisboa, congratulou-se hoje com a utilização do sistema de videovigilância na zona, defendendo o seu enquadramento num “esquema de policiamento” global dissuasor de actos criminais.


A associação de comerciantes reclamou a videovigilância há cerca de ano e meio, dois anos. Foi na sequência desse pedido que se iniciou todo este processo”, sublinhou o presidente da associação, Belino Costa, à agência Lusa.
A Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) autorizou a utilização do sistema de videovigilância na zona do Bairro Alto, em Lisboa, apenas por seis meses, impondo várias restrições à proposta apresentada, segundo um parecer de Outubro.
Para Belino Costa, “tendo em vista as características” do Bairro Alto, com “milhares de visitantes todas as noites”, a videovigilância “poderá servir um esquema de segurança” que proteja os “visitantes, comerciantes e moradores” do bairro.
O responsável da Associação de Comerciantes do Bairro Alto assinala que o sistema de captação de imagens vídeo deve funcionar integrado num esquema de policiamento “de proximidade” e enquanto “medida preventiva” de crime e violência. “Muitas vezes a questão não é de crime, é de violência gratuita, e nessa perspectiva pode ser muito importante a videovigilância”, nota.
Belino Costa ressalva, contudo, que se o objectivo da colocação de câmaras for “meramente gravar imagens”, o efeito da medida será “muito diminuto”. “Só por si a videovigilância não resolve nada. Tem de ser um instrumento ao serviço de uma política de segurança. É apenas mais um meio que pode melhorar a situação”, frisou o presidente da associação.

No parecer relativo ao Bairro Alto, a CNDP restringe o funcionamento do sistema de videovigilância ao período entre as 22h00 e as 07h00, recusa a recolha e gravação de som e permite apenas a utilização de câmaras fixas.
O funcionamento de 27 câmaras no Bairro Alto é autorizado apenas por seis meses, findos os quais “deve ser feita uma nova reavaliação dos pressupostos que determinaram a concessão deste parecer” e a CNPD deve ser notificada do início do funcionamento deste sistema.
Para o parecer “parcialmente positivo” contribuiu a fundamentação da proposta apresentada, que levou a CNPD a concluir que a “criminalidade vem registando aumentos progressivos” naquela zona da cidade, caracterizada por inúmeros estabelecimentos de restauração e bebida.

VEM AÍ A VIDEOVIGILÂNCIA

A  instalação de  videovigilância, no Bairro Alto, recebeu o parecer positivo da Comissão Nacional de Protecção de Dados, em resposta ao pedido que lhe foi enviado pelo Ministério da Administração Interna. A partir de agora será apenas uma questão de tempo para que o sistema fique operacional.

24 novembro 2009

HOJE HÁ ELEIÇÕES

Lista concorrente à eleição dos corpos gerentes da Associação de Comerciantes do Bairro Alto




LISTA A



Comissão Administrativa

Presidente - Belino Costa (Ulitro)

Vice-Presidente -Vitor Castro (Sinal Vermelho)

Vogal – João Pedro (Luso)



Assembleia Geral

Presidente - João Gonzalez (Maria Caxuxa)

Vice-Presidente – Carlota Carneiro (Mercearia da Atalaia)

Vogal – Rui Paulo (Groove)



Conselho Fiscal

Presidente – Rita Galveias (Galveias, Cont. e Gestão)

Vice-Presidente – Hilário Prego de Castro (Alfaia)

Vogal – Paulo Cassiano (Bota Alta)



ASSOCIAÇÃO DE COMERCIANTES DO BAIRRO ALTO

(DINAMIZADORES DE SECTOR)


Álvaro Roquete (Antiquários)

Anselmo Ortega (Roupa e acessórios)

Carlota Carneiro (Alimentar)

Cátia Lourenço (Bares/discotecas)

Dino Alves (Moda)

Pedro Castro e Silva (Livreiros/alfarrabistas)

Rita Galveias (Galerias)

Ricardo Tavares (Marketing)

Vitor Castro (Restauração)

18 novembro 2009

ASSEMBLEIA GERAL ELEITORAL

Convocatória


Assembleia Geral Eleitoral



Nos termos legais e estatutários, o Presidente do Conselho de Administração, convoca os associados da Associação de Comerciantes do Bairro Alto, para se reunirem em Assembleia Geral Eleitoral no dia 24 de Novembro, entre as 15H00 e as 17H00, nas instalações do Clube Rio de Janeiro, à rua da Atalaia, para a eleição dos novos órgãos sociais.


Lisboa, 16 de Novembro de 2009

O Presidente do Conselho de Administração

Belino Costa

13 novembro 2009

VENDE-SE IGREJA

Quem quer comprar uma igreja?


Lisboa, 13 Nov (Lusa) - Mais de 30 anos depois de ter sido desafecta ao culto, uma antiga igreja do Bairro Alto (Lisboa), actualmente licenciada para comércio e serviços, está agora à venda por dois milhões de euros - e já há interessados.

Integrada no denominado Convento dos Inglesinhos, construído no século XVII para acolher um seminário inglês, a Igreja de São Pedro e São Paulo possui uma única nave com área de coro, altares laterais, tecto em abóbada e um órgão barroco e ganhou nos últimos anos uma cozinha, aquecimento central, estacionamento e arrecadações.

O espaço foi desactivado pela Igreja Católica em 1976 (três anos após o encerramento do convento e o regresso dos seus habitantes a Inglaterra) e foi adquirido na década de 1990 pela Chamartín Imobiliária, então denominada Amorim Imobiliária, que transformou todo o complexo num empreendimento de luxo.

09 novembro 2009

"BOTELHÃO" COMEÇA A TOMAR CONTA DO BAIRRO ALTO


Comerciantes dizem que o fenómeno se deve à redução dos horários e à crise


TELMA ROQUE

Moradores e comerciantes do Bairro Alto, em Lisboa, garantem que o consumo de bebidas na rua aumentou de forma assustadora. Atribuem o fenómeno ao facto de os bares fecharem mais cedo e ao contexto de crise económica.
Há um ano que os bares e discotecas do Bairro Alto - espaço boémio que junta anónimos, figuras públicas e muitos turistas - deixaram de estar abertos até às quatro horas da madrugada. Por determinação da Câmara, ordenou-se o encerramento duas horas mais cedo, mas perante o coro de críticas, a medida acabou por ser revogada oito meses depois.

Em Julho passado, chegou-se a uma "solução de consenso" que se traduziu no fecho dos estabelecimentos de diversão pelas três horas, às sextas, sábados e véspera de feriados. Os moradores continuam a queixar-se do ruído, das drogas, dos grafitos e da falta de segurança. Quem tem comércio garante que o sector está na ruas da amargura e que os horários e a crise fizeram disparar os negócios de "vão de escada" e o chamado fenómeno do "Botelhão", ou seja, o consumo de álcool na rua.

"De manhã, nem à rua consigo sair. A soleira da porta está cheia de copos e garrafas. Nem o parapeito da janela escapa. Limito-me a abrir a janela e a atirar tudo para o chão", confessa Maria Helena Silva, que habita um rés-do-chão na Rua da Barroca.
Quando se pergunta à idosa se o Bairro Alto mudou neste último ano, a mulher solta um longo suspiro e desfia um rol de queixas. "O ruído é uma calamidade. Os bares fecham e a rapaziada fica na rua até às tantas. As paredes são limpas e voltam os rabiscos", afirma.
António Dias, outro morador opta por destacar "o triste espectáculo" e do consumo de bebidas " a metro" na rua e o tráfico de droga "à descarada". Na sua óptica, o problema é complexo e combate-se com "mais polícias".
Para Belino Costa, presidente da Associação de Comerciantes do Bairro Alto, há o risco de o "Botelhão" se tornar "num negócio dominante". Em Espanha, o fenómeno atingiu tal dimensão que foi proibido em certas zonas residenciais e turísticas. Este será uma das preocupações que levará à Câmara de Lisboa, em Maio de 2010, data em que as medidas serão reavaliadas. A segurança será outro tema a debater.
Paulo Cassiano, proprietário de um restaurante, junta-se aos protestos. Revela que, quando se aproxima o fecho dos bares, os jovens compram bebidas em larga escala para beberem na rua. Aponta ainda para a degradação crescente no Jardim de São Pedro de Alcântara, que se transformou "num espaço de consumo", e de depósito de garrafas e copos.

Jornal de Notícias
2009-10-31

04 novembro 2009

THE HOOD COM NOVA AMBIÊNCIA

Na próxima sexta-feira, dia 6 de Novembro, entre as 24h00 e as 02h00, o Bairro Alto, em Lisboa, vai encher-se de ténis. Mantendo a temática da renovação, revolução e inovação constante, a The Hood apresenta a sua nova ambiência inspirada na inovação, na tecnologia e no design.


Em Junho de 2008, inaugurou no Bairro Alto um espaço de vanguarda que desde então faz as delícias dos fãs de sneakers e seguidores de novas tendências artísticas e de moda. The Hood (abreviatura para neighbourhood) abriu portas no nº 65 da Rua do Norte, com o objectivo de conciliar a arte urbana com os modelos exclusivos da Nike.
Mais do que uma loja, a The Hood propõe-se a ser uma galeria. As suas paredes funcionam como telas que de três em três ou de quatro em quatro meses servem de base às intervenções de diferentes artistas. A última intervenção esteve a cargo de Fill & Bill – os famosos Cortez Brothers, e dos Cortez de 1972. Nesta estação, o mote é dado pelos Air Max1, e pela jornada “Max to Maxim. Evolution of the revolution”.
Criados em 1987, com o intuito de oferecer aos praticantes de atletismo mais estabilidade e amortecimento, através das revolucionárias unidades de ar visível integradas na sola, os Air Max1 representam a inovação e o nascimento de uma nova silhueta no universo dos ténis. Revolução que parte não só das “caixas-de-ar visíveis”, mas também da introdução do vermelho como principal cor num modelo de ténis, criando-se então mais um ícone da história do footwear.
Além da reedição da primeira versão do modelo Air Max1, nesta estação a Nike Sportswear lança os Air Maxim 1. O mesmo design, mas com mais qualidade e conforto graças à redução de 30% ao peso original, conseguida através da substituição do tradicional mesh pelo Acespan Mesh e pelo Flywire, e da tradicional borracha da sola pelo Phylon.

Para celebrar a nova imagem da The Hood e os novos lançamentos da Nike Sportswear, na noite de 6 de Novembro os Air Max1 e os Air Maxim1 vão invadir o Bairro Alto.

Publicada por ASSOCIAÇÃO MODALISBOA