30 março 2008

SAMBA E CHORO NO CLUBE RIO DE JANEIRO

O Lisboa Clube Rio de Janeiro, no coração da capital portuguesa, inaugura na próxima terça-feira, 1 de abril, uma nova iniciativa cultural, que apresentará todas as terças-feiras samba e choro, influenciados pela Lapa carioca. Localizado na Rua da Atalaia, Bairro Alto, o Lisboa Clube do Rio de Janeiro é uma colectividade com décadas de existência, que tem organizado, entre outras acções, a marcha do Bairro Alto por ocasião dos Santos Populares de Lisboa. Intitulada "Gafieira Carioca", a nova iniciativa do Lisboa Clube Rio de Janeiro acontecerá semanalmente à terça-feira a partir das 21h30, segundo informou a Embaixada do Brasil em Lisboa.

In Portugal Digital

28 março 2008

REUNIÃO NA CML

A Associação de Comerciantes do Bairro Alto foi convidada, e estará presente, em reunião a realizar-se na próxima segunda-feira, dia 31, no edifício dos Paços do Concelho, onde serão debatidas as questões relativas ao Bairro Alto, nomeadamente a proposta de redução dos horários comerciais nocturnos.

14 março 2008

DEBATE NA RTP2

O Programa da RTP2, “Sociedade Civil”, promoveu um debate em torno da proposta camarária para a diminuição dos horários de funcionamento dos estabelecimentos comerciais do Bairro Alto. Pode assistir ao programa clicando aqui.

13 março 2008

UM PRÉDIO COM MUITAS VIDAS


São alguns os prédios do Bairro Alto que ostentam placas assinalando o nome dos seus habitantes mais ilustres. Entre eles o nº 6 da Rua João Pereira da Rosa (antiga Rua dos Caetanos) exibe na frontaria uma colecção de sete placas:


1- “Nesta casa faleceu a 24 de Agosto de 1894 o ilustre historiador português Joaquim Pedro de Oliveira Martins (1845-1894). Bem serviu e honrou a sua pátria. A sua memória deve ser abençoada.”
2- “Bernardo Marques (1898-1962) grande pintor e desenhador português da época modernista, viveu nesta casa nos anos trinta”
3- “ Neste prédio viveu e em 27 de Setembro de 1915 faleceu o grande escritor Ramalho Ortigão. (A comissão administrativa do Município 1935). ”
4- “Nesta casa viveu de 1922 até à sua morte, em 1956, António Ferro, escritor jornalista, diplomata e grande impulsionador da vida cultural portuguesa” (Homenagem de 1958).
5- “José Gomes Ferreira (1900-1985) grande poeta português do 2º Modernismo viveu nesta casa nos anos trinta.”
6- “Fernanda de Castro (1900-1994) poetisa e escritora, fundadora dos jardins escola, viveu nesta casa grande parte da sua vida”
7- “Ofélia Marques (1906-1952) grande ilustradora de livros para crianças viveu nesta casa nos anos trinta.”

11 março 2008

JOSÉ SÓCRATES NO BAIRRO


O Primeiro-ministro, José Sócrates, escolheu as ruas do Bairro Alto para conversar com uma jornalista da SIC. A entrevista em movimento decorreu hoje, entre a Rua da Barroca e Atalaia, pouco passava da uma hora da tarde. Não sabemos se o Chefe de Governo almoçou no bairro, mas é certo que dobrou a “esquina de las desiciones”, como se comprova na fotografia que publicamos abaixo.


09 março 2008

Bares e discotecas vão ter polícias como seguranças

Diversão nocturna. MAI autorizou que estes espaços contratassem PSP e GNR
Os proprietários dos bares e das discotecas podem contratar elementos da PSP ou da GNR para prestarem serviços de segurança a porta daqueles estabelecimentos de diversão nocturna, segundo um despacho do Ministro da Administração Interna.
Neste documento, a que a agencia Lusa teve acesso, Rui Pereira autoriza a Polícia de Segurança Publica e a Guarda Nacional Republicana, "sem prejuízo do cumprimento da sua missão, prestarem colaboração aos estabelecimentos de restauração ou de bebidas que a solicitarem, para garantir a segurança de pessoas e bens".
De acordo com o despacho os pedidos são formulados junto da autoridade de polícia territorialmente competente, que deve garantir a "rotatividade dos agentes" que prestarem colaboração junto daqueles estabelecimentos de diversão nocturna.
Os serviços prestados pelos elementos da Polícia de Segurança Pública e da Guarda Nacional Republicana serão pagos pelos proprietários dos bares e das discotecas, como actualmente já acontece no caso dos bingos, dos casinos e dos campos de futebol.
Segundo o despacho, desde a passada segunda-feira que os donos dos bares e das discotecas podem contratar as forças de segurança.
Contactado pela agência Lusa, o director executivo da Associação de Discotecas Nacional (ADN), Francisco Tadeu, congratulou-se com a medida do Ministério da Administração Interna (MAI), referindo que esta era uma "velha" reivindicação dos proprietários de bares e discotecas, que remonta a 1999.
"Os clientes vão deixar de ter medo devido a falta de segurança no exterior", disse o mesmo responsável, adiantando que é fora dos estabelecimentos que ocorrem maior parte dos crimes.
Francisco Tadeu esclareceu ainda que os polícias e guardas que vão prestar serviço à porta dos bares e discotecas "não vão desempenhar o papel de porteiros", mas sim "ajudar” a transmitir segurança aos clientes, quando estes estão já na via pública",
junto ao local de diversão.


Diário de Notícias, 8 de Março de 2008

05 março 2008

CAMINHAR NO BAIRRO ALTO

A VOLTA DOS ALFARRABISTAS

Partida: Jardim do Príncipe Real.
Chegada: Rua do Século.
Duração média: Pode durar uma manhã ou um dia , tudo depende da sua curiosidade e dos livros que procura.
Dificuldade: Mínima. A grande dificuldade será encontrar o que procura entre tantas e tão variadas edições.
Descrição breve: Sugerimos que inicie o percurso no Príncipe Real, ainda que o Largo Trindade Coelho também possa ser uma excelente escolha, em especial se não tem muito tempo disponível, pois a partir dali, num círculo de 100 metros, pode visitar os mais interessantes alfarrabistas do bairro e da cidade.
Importante: Os livros, em geral, têm o preço marcado mas é sempre possível regatear um desconto.
A grande maioria das lojas encerra à hora do almoço. E são raras as que dispõem de Multibanco e cartão de crédito.

Percurso:

A escolha do Jardim do Príncipe Real como ponto de partida deve-se à beleza do local, ideal para um café, ou uma refeição ligeira. E também porque dali em diante será sempre a descer. Comece por espreitar alguns “alfarrabistas de rua” que ali vendem livros usados, estampas e revistas, a baixos preços.

Siga pela Rua D. Pedro V porque no nº 16 encontrará um pequeno espaço, a Livraria D. Pedro V (telf:21 346 8904). Mais adiante, na Rua de S. Pedro de Alcântara nº 71, poderá visitar a Bilbarte (telf 21 346 3702), actualmente com um horário de abertura muito reduzido (das 15h00 ás 16h00), mas onde poderá encontrar alguns livros antigos, bem encadernados, assim como pinturas, estampas e outros objectos.


Continuando a descer chegará ao Largo Trindade Coelho, ponto de paragem fundamental. No largo tem ao seu dispor a Artes e Letras (telf: 21 347 1675) nos números 3 e 4, e a Livraria Olisipo (telf: 21 346 2771) nos nº 7 e 8.
Dali bastará atravessar a passadeira da Rua da Misericórdia para entrar no nº 147 e conhecer uma das livrarias mais interessantes do nosso percurso, a Livraria Bizantina (telf: 21 342 3249) que não encerra à hora do almoço, estando também aberta nas manhãs de sábado. Algumas portas abaixo, no nº 137, poderá visitar a Livraria Camões (telf: 21 342 7272), o local ideal para procurar obras versando os descobrimentos e as antigas colónias portuguesas.
Se for um coleccionador e procurar postais, selos, cartas, revistas, cromos, estampas, gravuras, banda desenhada, etc, siga até ao nº 115. Na Loja das Colecções (telf: 21 346 3057), entre uma grande variedade de livros, não deixará de encontrar o que procura, especialmente se o seu tema predilecto for o futebol.

Chegou a altura de inflectir para o interior do bairro pois não deve perder o maior e mais fascinante espaço. Na Travessa da Queimada nº 28, 1º andar, fica a Livraria Histórica e Ultramarina J.C.Silva onde os livros se estendem por várias salas, existindo mesmo numa delas um antiquíssimo poço que em tempos terá servido para o abastecimento da população local.



Dali continue para a Rua do Norte onde, no número 44, encontrará a Livraria Castro e Silva (telf 21 346 7380) com uma bem organizada e variada colecção. O Largo Camões já espreita ao fundo da rua. Para lá se deverá dirigir virando à direita, pois a próxima paragem fica no Largo do Calhariz, nº14, e dá pelo nome de Livraria Antiquária do Calhariz (telf: 21 342 8477).
Na Calçada do Combro encontrará, no nº38, a Livraria Bocage (telf: 21 346 0315) e a Livraria Luís Burnay, nos números 43-47.
Para terminar não deixe de entrar na Rua do Século, pois não terá de caminhar muito até encontrar a livraria Supico & Sousa (telf:21 347 0336) no nº 7, e logo depois, no nº11, o Alfarrabista Alexandria (telf: 21 342 8477).

03 março 2008

ESCLARECIMENTO

Comunicado da direcção da ACBA


Publica o Expresso na edição do passado sábado a seguinte notícia:

Bairro Alto Vence Costa

Contestação dos proprietários dos espaços nocturnos garante para já manutenção de horários de funcionamento.

Paga o justo pelo pecador. O provérbio foi o que António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), obteve como resposta à proposta de alteração de horários de funcionamento dos estabelecimentos do Bairro Alto. O autarca estabelecia o fecho de cafés, restaurantes e tasquinhas para a meia-noite e o das casas de fado para as 2h, mantendo apenas os horários dos bares. Contudo com o apoio dos moradores e ARESP, a contestação da Associação de Comerciantes do Bairro Alto (ACBA) à proposta do autarca tornou-se demasiado forte, obrigando Costa a concordar com as suas reivindicações antes mesmo de as receber formalmente.
Os proprietários dos estabelecimentos nocturnos acusavam o presidente da CML de “pôr em causa a sustentabilidade do Bairro” e “proteger os espaços ilegais”. O recuo do autarca, manifestado quinta-feira à ACBA, traduz-se na aceitação de que os direitos adquiridos dos comerciantes que cumprem a lei devem ser respeitados, e terá sido o apoio da vereadora Ana Sara Brito, que já na quarta-feira declarou ao Expresso: “Eu assino por baixo”, referindo-se às reivindicações da ACBA.”
Alexandra Carita

Em face desta notícia a direcção da Associação de Comerciantes do Bairro Alto esclarece:
1- Não existe nem está a decorrer qualquer guerra entre esta Associação e a CML. Não existiu qualquer batalha, nem é possível declarar a existência de qualquer vencedor.
2- A direcção da ACBA entregou a carta com a sua posição sobre a proposta de redução de horários no Bairro Alto a um assessor do Sr. Presidente António Costa. Até ao momento nunca falou com o digníssimo autarca, nem tem conhecimento da existência de qualquer “recuo”.
3- A direcção da ACBA entende que o debate em torno dos problemas existentes no Bairro Alto é uma oportunidade a não perder. Encaramos a proposta da CML como uma iniciativa meritória, ela é por nós encarada numa perspectiva de estímulo ao debate de ideias, de envolvimento da comunidade na busca de soluções para o futuro. Este debate, a participação das instituições populares não deve ser uma mera formalidade jurídica, mas uma ambição, uma prática política. Queremos que esta oportunidade seja uma demonstração dos méritos da democracia. Queremos que esta oportunidade funcione como um exemplo e um estimulo a pensar, a entender a cidade não só em função dos edifícios, da circulação, ou do estacionamento mas, sobretudo, em razão do património humano e das suas actividades sociais, comerciais e culturais.

A direcção da ACBA aproveita ainda para agradecer aos comerciantes que estiveram presentes na última assembleia-geral e elogia o espírito cívico, sereno e empenhado de todos. Simultaneamente agradece a colaboração da Galeria Zé dos Bois e do Clube Rio de Janeiro apelando a que contribuam para a organização da Marcha do Bairro Alto.

A Direcção da Associação de Comerciantes do Bairro Alto
2 de Março de 2008