No passado dia 30 de Novembro de 2008 reuniu-se a Assembleia Geral Extraordinária da Associação de Comerciantes do Bairro Alto, no Lisboa Clube Rio de Janeiro, que contou com a presença de 90 representantes de igual número de estabelecimentos.
De acordo com a ordem de trabalhos a Assembleia começou por discutir a questão do policiamento pago pelos comerciantes. Tendo em conta que não está previsto nenhum efectivo reforço de policiamento foi decidido continuar a custear o policiamento da zona a fim de impedir que os traficantes voltem a tomar conta das esquinas do Bairro Alto, em nome da dignidade e qualidade de vida de moradores, comerciantes e visitantes.
Mais disseram que o principal problema do Bairro Alto tem a ver com a “desordem nas ruas” e não com o funcionamento dos estabelecimentos a quem foram exigidos investimentos avultados no cumprimento de rigorosas normas de segurança, higiene, insonorização, etc. Estabelecimentos esses cuja viabilidade económica e respectivos postos de trabalho ficam gravemente ameaçados dado que as restrições aos horários de funcionamento criam uma situação de desigualdade em face dos estabelecimentos concorrentes instalados noutras zonas da cidade.
Em Lisboa nem todos temos os mesmos direitos. Não somos todos iguais. No Bairro Alto a liberdade de comerciar fica limitada, dependendo até da aprovação prévia do poder politico local que passa a determinar, por exemplo, quem pode ter prolongamento de horário.
Os comerciantes presentes na Assembleia Geral Extraordinária recusaram de forma unânime o controle político da sua actividade e não aceitam ser tratados como cidadãos de segunda ou verem diminuídos direitos legitimamente adquiridos. E fazem votos de que o democrático direito à indignação e à contestação não seja motivo para que no Bairro Alto se instale um clima de medo e de perseguição.
Já sabem a nova?
ResponderEliminarO António Costa vai acabar com a zona fechada para moradores no Bairro Alto.
Segundo ele os custos são muito elevados para a EMEL em ter naquela zona um sistema de controlo de entrada e saída de automóveis
Comerciantes sempre a exigir, horario de encerramento ás 2 da manha está mais que bom, como sempre foi o bairro alto, até ás 4 eram as denominadas discotecas , que funcionam á porta fechada,deixem os moradores descansar, e deixem-se de demagogia, que a maioria dos bares nao cumprem regras, nem insonorização, Wc´s e etc, especialmente os que abriram em massa depois do bairro alto ter sido fechado ao transito, esses nem podem ter insonorização nenhuma, pois estão de porta aberta, com musica alta, a servir bebidas para a rua.
ResponderEliminarOs restaurantes, esses sim , contribuem para um turismo de qualidade, e não de quantidade, e são espaços em que a actividade é exercida dentro de portas, não incomoda ninguem, agora os mini bares que abrem com o intuito de servir bebidas para a rua é que acabaram com a qualidade de vida do bairro alto.
Era uma boa medida o Antonio Costa abrir o bairro alto ao transito, para haver mais estacionamento, de forma a "tapar" os bares, e tambem para haver trafego de carros para ajudar a desmobilizar as pessoas.
Os moradores tambem têm o seu emprego e precisam de o manter, desacansando durante a noite.
Viva os Moradores do Bairro Alto
Sou morador à 5, comerciante à 13 e frequentador do bairro à 25 anos.
ResponderEliminarConcordo: moradores são moradores especialmente porque são na maioria idosos, sim, os nossos velhos.
Os limites do incómodo já passaram demasiado. Na minha casa mediram 11,5 dB quando o limite do incómodo é pouco mais de 3 dB.
É necessário explicar às pessoas que o divertimento ou a facturação não pode ser à custa do descanso de um bairro inteiro. O que se faz? São os moradores que estão a mais? Exterminam-se? Por mim os bares ou discotecas poderiam estar abertas até às 6 da manhã, desde que reunissem as condições para não incomodar os moradores. E depois o bairro não é só "a noite", eu, pessoalmente só vejo rebanhos de consumidores sem criatividade nem ética alguma. O bairro da "chueca" em Madrid, o "Born" em Barcelona é muito mais interessante, mais louco, mais criativo e não tem nada a ver com o que se passa aqui. Aqui o Estado faliu completamente na protecção ao residentes.