A principal tarefa com que a direcção da ACBA se depara, quase diariamente, é a representação dos comerciantes do Bairro Alto junto das mais variadas instituições e pessoas. Respondendo a pedidos de esclarecimento, estando presentes em reuniões, participando em debates, consultas, ou marcando posição nos mais variados trabalhos jornalísticos.
Síntese das actividades realizadas ao longo do ano de 2010
O ano de 2010 iniciou-se com a realização de uma reunião com representantes das várias actividades comerciais instaladas no Bairro. Pretendia-se assim recolher sugestões e envolver um número alargado de interessados na definição de um projecto de animação/promoção para toda a zona. Tais intenções ficaram comprometidas logo na reunião seguinte, dada a ausência de pessoas e projectos. Restaram os representantes do sector ligado à roupa e acessórios pretendendo realizar uma acção promocional e comercial na rua do Norte. Contactou-se uma empresa para viabilizar e organizar o evento, o que acabou por não acontecer por falta de patrocinadores.
Assim se demonstra que a actividade de uma Associação também é feita de insucessos.
Ainda não tinha terminado a mês de Janeiro e já estávamos envolvidos numa nova luta. Em comunicado de 21 de Janeiro, a direcção da ACBA contesta as medidas da EMEL relativas ao acesso à zona de trânsito condicionado no período destinado a cargas e descargas. É lançado o alerta:
Nos últimos dois dias, todos os fornecedores que se apresentaram para entrar no Bairro, dentro do horário de cargas e descargas, foram barrados à entrada e impedidos de entrar. De acordo com os funcionários de serviço às entradas do Bairro tornou-se obrigatória a compra de um cartão de acesso, por 25 Euros, para que a viatura de qualquer empresa de distribuição, ou outra, tenha acesso ao Bairro Alto. (Aqui)
A denúncia e contestação às novas medidas de circulação têm grande repercussão nos órgãos de comunicação social. A ACBA reúne-se com a direcção da Associação de Comerciantes de Alfama concertando posições antes de uma reunião com o presidente da EMEL. As negociações prolongam-se até que em 26 de Fevereiro se encontra uma solução de compromisso.
Em Março é anunciada a criação do cartão de apoio ao comerciante, que permite resolver situações de emergência, pois permite a entrada a qualquer viatura pelo período máximo de uma hora. E são apresentadas as novas regras para cargas e descargas dentro da zona de trânsito condicionado. (Aqui)
No decorrer dos contactos com a EMEL defendemos a necessidade de se instalarem canais de entrada na frente dos estabelecimentos “tapados” por lugares de estacionamento, a exemplo do que foi feito com O Faia, na Rua da Barroca. Apesar da legitimidade da reivindicação (dirigida à EMEL, assim como à Câmara Municipal de Lisboa) esbarrámos num muro de silêncio que tem impedido que tal direito não seja exclusivo de um, mas, como é próprio da democracia, de todos.
Em Abril a direcção da ACBA propõe à Câmara Municipal de Lisboa e às juntas de Freguesia da Encarnação e Santa Catarina a realização do “Dia do Bairro Alto” indicando o dia 15 de Dezembro, por ser a data, corria o ano de 1513, em que “Lopo de Atouguia acorda com os aforadores Bartolomeu de Andrade e sua mulher, Francisca Cordovil, o sub aforamento das herdades em talhões para a construção de casas.”
Em Julho lançámos a campanha Garrafas na Rua NÃO!. Cartazes, autocolantes e postais ajudam a divulgar o alerta:
Na prática estes “lojas de conveniência, ou mercearias” funcionam com bares, vendendo álcool à garrafa e fazendo concorrência desleal a todos os estabelecimentos de restauração e bebidas. (Aqui)
O mês de Agosto é marcado pela dinâmica introduzida pelas novas esplanadas, cuja instalação foi previamente acordada entre a ACBA, a Câmara Municipal e as Juntas de Freguesia da Encarnação e Santa Catarina, no ano anterior.
Em 31 de Outubro tem lugar a primeira edição do Horror Street, assinalando a colaboração da ACBA com o canal de televisão MOV e a ACT- Escola de Actores. (Aqui)
Dezembro. Dia 15, assinala-se pela primeira vez a comemoração do Dia do Bairro Alto com a realização de um almoço oferecido à população, exposições várias, conferências, visitas de estudo e animação de rua. (Aqui)
2010
Foi um ano de grande actividade em que alcançámos alguns êxitos, tivemos outras tantas decepções, e dedicámos muito do nosso tempo e empenhamento a esta causa cívica chamada Associação Comerciantes do Bairro Alto.
Lisboa, 8 de Janeiro 2011
ASSOCIAÇÃO COMERCIANTES DO BAIRRO ALTO
