29 janeiro 2010

BAIRRO ALTO SITIADO (2)

Comerciantes acusam EMEL de "sitiar" o Bairro Alto ao dificultar cargas e descargas
29.01.2010 - 10:48 Por Inês Boaventura

O presidente da Associação de Comerciantes do Bairro Alto acusa a Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL) de promover a desertificação desta zona e a morte do comércio tradicional, ao obrigar os fornecedores a adquirir um cartão que lhes permita o acesso ao bairro, mesmo que seja apenas para cargas e descargas.


Belino Costa garante que desde a semana passada, "sem sequer anunciar que seria assim", a EMEL começou a "barrar a entrada dos fornecedores em todos os bairros históricos", com o argumento de que não o podiam fazer sem terem o cartão Viva Viagem Bairros Históricos. Segundo o porta-voz dos comerciantes, esse cartão teria um custo de 25 euros, valor que, em seu entender, é incomportável para pequenos comerciantes ou para quem faz entregas pontualmente. "É mais um contributo oficial para a desertificação comercial diurna do Bairro Alto, mais um ataque ao comércio de proximidade", acusa a associação de comerciantes num comunicado divulgado ontem. "Passámos a trabalhar num gueto", criticam os representantes dos lojistas. Já a EMEL explica, através do seu porta-voz, que como "houve uma série de abusos ao longo do tempo" no acesso aos bairros com trânsito condicionado, se verificou a necessidade de "utilizar uma ferramenta que fosse mais clara". Essa ferramenta é o cartão Viva Viagem, que de facto tem um custo de 25 euros e é recarregável para permitir o estacionamento por um período máximo de cinco horas consecutivas, entre as 7h e as 20h. Mas Diogo Homem garante que esse formato se aplica apenas aos visitantes. Já os fornecedores têm de "comprovar que fazem cargas e descargas" num determinado bairro e requerer à EMEL um dístico, com um preço anual de 12 euros, explica, contrariando as declarações do presidente da associação de comerciantes. Esse dístico é entregue juntamente com o cartão Viva Viagem, que nestes casos "não tem de ser carregado".
Tal como até aqui, as cargas e descargas podem ser feitas entre as 7h e as 10h e entre as 15h e as 17h. Diogo Homem garante que os comerciantes foram avisados das alterações, mas Belino Costa diz que a única informação que teve foi um panfleto sobre o cartão Viva Viagem, no qual se dizia: "Uma versão especial deste cartão para comerciantes, garagens e cargas e descargas será progressivamente implementado".

Fonte: http://www.publico.clix.pt/Local/comerciantes-acusam-emel-de-sitiar-o-bairro-alto-ao-dificultar-cargas-e-descargas_1420385.

22 janeiro 2010

BAIRRO ALTO SITIADO


Apesar de o site da C.M.L/EMEL continuar a divulgar o regulamento de acesso ao Bairro Alto que inclui horários de cargas e descargas, na prática tal desapareceu. Foi banido.
Nos últimos dois dias, todos os fornecedores que se apresentaram para entrar no Bairro, dentro do horário de cargas e descargas, foram barrados à entrada e impedidos de entrar.
De acordo com os funcionários de serviço às entradas do Bairro tornou-se obrigatória a compra de um cartão de acesso, por 25 Euros, para que a viatura de qualquer empresa de distribuição, ou outra, tenha acesso ao Bairro Alto.

Porquê? pergunta-se. E não se compreende.

É mais um contributo oficial para a desertificação comercial diurna do Bairro Alto, mais um ataque à liberdade de comerciar e ao comércio de proximidade.

Na verdade o condicionamento do trânsito foi justificado por razões de segurança. O estacionamento caótico impedia a circulação de bombeiros e ambulâncias. A medida teve efeitos muito positivos no ordenamento do trânsito, no estacionamento e na segurança do Bairro. Por outro lado veio prejudicar a actividade comercial diurna, ajudando a isolar o Bairro Alto. Os mais prejudicados tem sido os comerciantes e as empresas que necessitam de distribuir os produtos que comercializam. O grande prejudicado tem sido o Bairro Alto, cada vez mais dependente das actividades nocturnas, enquanto o comércio de próximidade diurno vê as dificuldades redobradas.
Já tinhamos que passar por situações caricatas quando alguns funcionários da EMEL confundiam assistência técnica e situações de emergência, com cargas e descargas.
Por exemplo, se uma empresa vinha substituir o vidro de uma montra partido ou arranjar um qualquer aparelho avariado (arca frigorífica, ar condicionado, etc), seria natural que permitissem a entrada dos técnicos e equipamentos dentro de qualquer horário, mas não era certo, tudo dependia da discricionariedade ou do bom senso do funcionário que estivesse de serviço.

Agora é que não podem mesmo entrar. Precisam de comprar o cartão e pagar portagem.
Passámos a trabalhar num gueto.

O mais espantoso é que não tem existido motivos que justificam tal medida. Antes pelo contrário. Em Novembro/Dezembro o pilarete de entrada na Rua das Gáveas, ao Camões, esteve em baixo, criando-se assim um canal de entrada livre durante o dia. Resultaram daí problemas? Não.
Terminaram os engarrafamentos no Largo Camões, a actividade comercial do Bairro fluiu mais fácilmente e não se verificaram grandes abusos. Provou-se que, durante o dia, quem vem ao Bairro Alto entra, trata do que tem a tratar e vai-se embora.
Fechar o Bairro à sua dinâmica natural é condená-lo à desertificação diurna. É atraiçoar uma longa História. É fazer mal a Lisboa.


A Direcção da Associação de Comerciantes do Bairro Alto.
Lisboa, 21 de Janeiro de 2010.

19 janeiro 2010

PAVILHÃO CHINÊS


Inaugurado como bar a 18 de Fevereiro de 1986, o Pavilhão Chinês está localizado numa antiga mercearia do princípio do século XX, mantendo o mesmo nome de origem.

É um bar de grande destaque na cidade de Lisboa e, considerado por muitos como património de relevo da Lisboa romântica. A decoração das cinco salas é composta de milhares de objectos do séc. XVIII a XX de várias artes, como: medalhas, capacetes militares, modelos de aviões, quadros, canecas, bandeiras, bustos, peças únicas de Bordalo Pinheiro, etc., e foi da responsabilidade de Luís Pinto Coelho, também proprietário do bar. Este trouxe a tradição dos bares clássicos, quando ampliou o antigo espaço e recuperou todo o imóvel, incluindo a fachada e os estuques artísticos.

O que distingue o Pavilhão Chinês é o seu serviço hoteleiro requintado, os chás puros e os cocktails, todos de confecção artesanal. Desde 1986, ano em que abriu as portas como bar, já foi palco de filmagens, reuniões de congressistas, provas de vinho, entrevistas e inúmeras reportagens sobre Lisboa. Cardoso Pires no seu livro sobre Lisboa escreve “Guardou-lhe o nome de Pavilhão Chinês, respeitou-lhe a fachada, somou-lhe relíquias, sinais das guerras e dos senhores reis, pôs em altar uma colecção de manguitos Zé-povinho (Bordalo, outra vez) e fez-se bar.”

Pavilhão Chinês
Rua D. Pedro V nº89
TELF: 21 3424729

http://barpavilhaochines.blogspot.com/

17 janeiro 2010

PASSMÚSICA DESCE TARIFÁRIOS


Os valores da licença da Passmúsica para o ano de 2010 são inferiores aos de 2009, tendo sofrido uma descida de 1,5%.
Os novos tarifários poderão ser consultados aqui.

10 janeiro 2010

CRAVO E CANELA REST



Para entrada, queijinhos de cabra panados e bolinhas de morcela com doce de framboesa, seguindo-se risotto de farinheira com couve portuguesa e polvo no forno com chutney de manga. Estes são alguns dos pratos servidos no restaurante Cravo e Canela no Bairro Alto, em Lisboa.
Lasanha de maçã, mousse de requeijão com doce de framboesa e gelado de limão com champanhe e vodka, são algumas das sobremesas. Estas não as provei todas, mas certamente serão de babar.
Candelabros, espelhos, esculturas orientais e poltronas, fazem parte da decoração deste restaurante extremamente acolhedor. O Cravo e Canela passa um pouco despercebido no bairro, até à primeira vez em que lá se entra.
Cravo e Canela
R. da Barroca, 70
Bairro Alto - Lisboa
21 343 18 58

Fonte: http://poraipontocom.blogspot.com/2009/12/cravo-canela.html

06 janeiro 2010

CAFÉ LUSO: SEM ENFADO


SEM ENFADO!!
Postado Por: Praia do Encanto


Lisboa. Dia 2. O show de fado na Casa Luso, no Bairro Alto, foi uma agradável surpresa. Mas há um pulo do gato que pode fazer a diferença dependendo do público. As apresentações são divididas em duas partes. A primeira começa às 20h30 e segue até as 22h. Trata-se de um show misto, com seis cantores de fado (três homens e três mulheres – cada um com dois números), que se alternam com apresentações folclóricas, que lembram nossa quadrilha, com adereços e passos portugueses. Para assistir a essa parte o espectador tem de consumir um mínimo de 25 euros no restaurante, o que não é difícil, pois os preços são mais elevados que os de restaurantes comuns. Uma entrada pode custar 20 euros e um prato principal cerca de 40. Aí está embutido o merecido couvert artístico dos fadistas, músicos e bailarinos. É um show turístico de muito boa qualidade, acompanhado de comida igualmente boa e com a presença de grupos de turistas às vezes barulhentos. Fui com a imagem de Amália Rodrigues ou do Madredeus na cabeça e fui surpreendido por dois homens: Marco Rodrigues, com uma belíssima voz (e jeito de galã) e o gerente do restaurante, Felipe Acácio, que no final sobe ao palco e dá um show ao lado de Marco.
Os músicos também são excelentes. E o grupo de folclore distrai – e dá um toque kitsch à aventura, que se revelou uma descoberta da boa música que é o fado.
O pulo do gato é que depois das 22h30 começa um show mais intimista, fora do palco, no meio das mesas do restaurante.

A essa altura os grupos já se foram – tanto os gregos barulhentos, quanto os japoneses ávidos por cumprimentar os cantores. Nessa parte a consumação mínima cai para 16 euros. A dica é comer pela redondeza (o Bairro Alto é o boêmio da cidade e as ruas ficam lotadas, com muitas mesas nas calçadas) e depois ir beber no Luso, ouvindo a um ótimo fado. Felipe e Marco também cantam nessa segunda parte e autografam CDs das fãs. Há um garçom brasileiro, Cláudio, que também dá boas dicas.
Na saída é gostoso explorar as ruelas do Bairro Alto, com sua agitação – da Travessa da Queimada, onde fica o Luso, até a Praça Luís de Camões há muito o que ver. Os mais jovens e sozinhos vão ser abordados por traficantes bem diretos: quer experimentar cocaína?, perguntam. É só dizer não e seguir em frente. A noite do Bairro Alto, do fado à gastronomia, é bem diversa e descontraída.
Sobrevivi sim e Lisboa tem muito mais a ser explorado.
Ah sim: em meio às festividades juninas (todos os santos do mês ganham festas enormes em Portugal), Lisboa também se abre para a diversidade sexual: amanhã ocorre aqui a Parada Gay de Lisboa… Terá até um arraial GLS programado na Praça do Comércio, com DJs e barraquinhas.

Artur Luiz Andrade