por Lusa
O Bairro Alto, em Lisboa, assinala este mês o seu 498.º aniversário com um programa que inclui concertos, conferências e exposições fotográficas e de pintura, num momento em que os comerciantes lamentam a desertificação diurna deste espaço.
Este é o segundo ano em que a iniciativa Dia do Bairro Alto lembra a data de 15 de Dezembro de 1513, quando foi dada autorização para a construção de habitações na então Vila Nova de Andrade. Desta vez, as iniciativas culturais vão decorrer de 11 a 18 de Dezembro.
O presidente da Associação de Comerciantes do Bairro Alto, Belino Costa, disse à agência Lusa que o Dia do Bairro Alto é um "mecanismo" para levar pessoas à zona, que nos últimos anos viu sair as principais actividades económicas diurnas que ali se encontravam há várias décadas -- jornais e ateliers de moda.
"O Bairro Alto é uma ilha que está isolada. Durante o dia está a desertificar-se e está excessivamente dependente da noite. Nós pretendemos um equilíbrio e reanimar o bairro durante o dia", apontou.
Belino Costa adiantou que a questão da desertificação deste espaço durante o dia é um dos temas que vai ser discutido durante as duas conferências organizadas pelo Instituto Universitário de Lisboa, que vão decorrer a 13 e a 15 de Dezembro.
A celebração do Bairro Alto arranca a 11 deste mês com um concerto da Orquestra do Conservatório Nacional, no salão nobre do Conservatório, e termina a 18 com uma sessão de fados no Espaço Santa Catarina.