17 dezembro 2011

BIG BAND


VISITA GUIADA


No âmbito das comemorações dos 498 anos do Bairro Alto ocorreu, no dia 15 de Dezembro um passeio pelo Bairro Alto, organizado pela Hemeroteca de Lisboa e que teve como intuito mostrar a forte faceta jornalística e artística deste bem típico bairro lisboeta.

O nome da iniciativa dizia tudo: “Bairro Alto- Capital do jornalismo português”; assim, os cerca de 15 participantes não ficaram surpreendidos quando, logo às 10:30 no Largo Trindade Coelho, lhes foi oferecida uma perspectiva histórico-geográfica das muitas particularidades desta zona de Lisboa, tendo sido elucidados sobre toponímia, transportes e figuras ilustres.

Feita a introdução foi sempre a andar, ou melhor, sempre a subir, por entre as ruelas do Bairro Alto, onde foram sendo visitadas as antigas sedes dos jornais: Diário de Notícias e Correio da Manhã, que ainda estão entre nós, e do jornal O Século, A Luta, Diário de Lisboa e Diário Popular.

Procurou-se oferecer um retrato do ambiente boémio e literário daquela zona, onde as rotativas nunca paravam e onde as noites acabavam tarde, muito tarde, nas tabernas da zona, depois do fecho dos jornais.
Era uma zona de artistas, de livre pensamento, de revoluções, em que os jornais se assumiam como irmandades e se guerreavam, procurando impor a sua orientação ideológica.

Pelo meio, ainda houve tempo para um pequeno apontamento teatral, onde foram dramatizadas três personagens do final do século XIX, Buíça, Alfredo Keil e Henrique Lopes Mendonça, o que deu alguma animação à visita.

Em resumo, eis uma boa maneira de aproximar os lisboetas à sua cidade e de homenagear e celebrar o papel do Bairro Alto como importante centro cultural urbano.

Rodrigo Torres Pereira
Bairro Alto – Capital do Jornalismo Português: Visita guiada
Promotor: Hemeroteca Municipal de Lisboa

13 dezembro 2011

NAS PAREDES DO BAIRRO

 
 
A exposição "Bairros como nós" mostra a partir de hoje, e até ao próximo domingo, nas ruas do Bairro Alto, em Lisboa, imagens de dez cidades, de outros bairros de outras partes do mundo. A iniciativa partiu de dois fotógrafos e investigadores do ISCTE.
Pedro Costa e Ricardo Lopes andaram por dez cidades do mundo a fotografar. A iniciativa partiu de um projecto de investigação, cujo objectivo era comparar espaços.
Na opinião dos dois fotógrafos o Bairro Alto, em Lisboa é «o denominador comum» entre o bairro de Grácia (Barcelona), o Marais (Paris), o Kreuzberg (Berlim), o Vila Madalena (São Paulo), o Beyoglu (Istambul), o Oltrano (Florença), o Capitol Hill (Seattel), o Indre By e o Norrebro (Copenhaga), o Haigth and Russian Hill (São Francisco) e o Brick Lane (Londres).
Na Casa da Imprensa estarão também expostas mais fotografias destes dez bairros, agrupadas por géneros e que poderiam pertencer a qualquer uma das cidades.
A exposição "Bairros como nós" insere-se na semana de comemoração dos 498 anos do Bairro Alto.

TSF

ANIVERSÁRIO EM DESTAQUE



Bairro Alto. 498 anos de sexo, álcool e rock’n’roll

Por Clara Silva, publicado em 12 Dez 2011

Pergunta para queijinho do Trivial Pursuit: Como se chamava o Bairro Alto há 498 anos? Não vale consultar a Wikipédia. Nos passeios onde hoje em dia se acumulam todas as noites copos de plástico, apenas existiam terrenos baldios numa zona que se chamava Vila Nova de Andrade. Agora que já pode impressionar os seus amigos com a sua cultura geral, da próxima vez que sair para o Bairro Alto – ou nalgum inquérito de rua, nunca se sabe – podemos contar-lhe o resto da história.
A 15 de Dezembro de 1513, Lopo de Atouguia fechava um acordo com Bartolomeu de Andrade e a sua mulher, Francisca Cordovil, para construir casas nas herdades em talhões da então Vila Nova de Andrade. Foi a partir daí que aos poucos começaram a surgir as ruas estreitas e as casas encavalitadas do Bairro Alto, um dos primeiros bairros europeus a ser construído com planta em quadrícula, segundo ordens do rei D. Manuel. Aliás, foi isso que lhe valeu séculos mais tarde ter resistido em parte ao terramoto de 1755.
No século XIX, as casas nobres do Bairro Alto começaram a ser transformadas em prédios de comércio. O mesmo aconteceu com alguns conventos, como o dos Catanos, onde surgiu o Conservatório Nacional, ou o dos Paulistas, que se tornou quartel da GNR.
Na zona instalaram-se também as sedes das principais tipografias e jornais, que acabaram por dar nome às ruas (como a Rua do Diário de Notícias ou a Rua do Século). Além disso, o Bairro Alto ganhava fama de lugar de prostituição, repleto de tabernas de marinheiros, tal como o Cais do Sodré.
É a partir dos anos 80 que se dá a viragem na noite lisboeta e o Bairro Alto começa a ser uma referência. A discoteca Frágil é uma das responsáveis por isso, nessa sua década de ouro.
Nos dias de hoje, nas ruas do bairro cruzam-se jovens que apanham as primeiras bebedeiras, turistas que procuram uma casa de fado e lisboetas que querem comer bem numa tasca barata, ou num restaurante caro, há para todos os gostos. Também ninguém se pode queixar de falta de bares. Porta sim, porta sim há caipirinhas em tamanho XXL, jelly shots e bebidas com nomes como "Pontapé na Cona".
Os comerciantes agradecem às centenas de pessoas que se acumulam nas ruas, mas os moradores ensonados há muito que travam uma guerra com baldes de lixívia a quem se senta nos seus degraus às tantas da manhã.
O Bairro Alto sopra, na quinta-feira, 498 velas e esta semana as ruas estão em festa também durante o dia.

12 dezembro 2011

COMÉRCIO COM ARTE: PANIFICAÇÃO DAS MERCÊS





Panificação das Mercês
Travessa das Mercês, 12

tlf.213 463 054

ThalesMã - Instalação: “A Cadeira Indiscreta”

COMÉRCIO COM ARTE: MERCEARIA DA GLÓRIA





Mercearia  da Glória
Rua Diário de Notícias, nº 10

tlf. 213 428 509

Catarina Correia
“Fotografia revestida c/ cera de abelha”

COMÉRCIO COM ARTE:TALHO DIAS E DIAS





Talho Dias & Dias
Travessa da Boa Hora, 15

tlf. 213 427 640

Bertílio Martins - “Aguarelas

COMÉRCIO COM ARTE: TALHO DO SR. ALFREDO




Talho do Sr. Alfredo
Rua Diário de Notícias, 45

tlf. 213 469 861

Bassanti (Ivo Moreira -
“Project for a butchery – How to keep warm when one’s heart is cold”