04 dezembro 2008

PARTIU O LIVREIRO E A LIVRARIA. FICOU O CORNETEIRO.


Quem passa pela Travessa da Queimada ainda pode observar na parede o corneteiro com o seu cartaz anunciando: “Livraria JCSilva – Livros antigos – Gravuras – Curiosidades.”
O elegante corneteiro é agora bem mais do que um simples anúncio comercial. É um sinal, um quase monumento em memória e homenagem a José Maria da Costa e Silva (Almarjão) que, em 1956, ali fundou a Livraria Histórica e Ultramarina, lda.




Aquele primeiro andar logo se tornou num pólo de interesse para bibliófilos, estudiosos e investigadores, num ponto de encontro para tertúlias.

O largo espólio bibliográfico, assim como documentação de vários tipos, (impressos, manuscritos, mapas, gravuras, fotografias, etc.) cobriam as paredes de um local mágico onde nem faltava um primitivo poço, um romântico jardim interior e uma escada em caracol.

José Maria Costa e Silva (Almarjão), Grande Oficial da Ordem do Infante, o decano dos livreiros e antiquários portugueses faleceu no passado dia 4 de Novembro. Contava 88 anos.

Com ele partiu também a livraria que mudou de instalações para a Rua José Lins do Rego nº 2 B, ao Campo Grande. Fica a memória de um homem e de mais um espaço de cultura que o Bairro Alto perde.



bc






3 comentários:

  1. Paz á sua alma,mas há que seguir em frente apoiar novos projectos..nao podemos viver de saudosismos..o Bairro estava em crescimento e ebulição até á saida de Soares,depois foi o descalabro coroado pelo seu Rei,Antonio costa!Deixem os jovens okupar o Bairro com os seus projectos culturais,artisticos etc etc..Acabemos com toda esta hipocrisia!

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  2. Só espero é que no lugar da livraria não abra mais um bar !!

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  3. O sr. que não se identifica e que em cada uma das noticias que aqui é publicada deixa o comentário a dizer que só espera que não abra mais um bar deve ser responsável por 2/3 das queixas que a Junta de freguesia diz er em seu poder...

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