29 outubro 2007

PEDRAS E PEDRADAS


A situação não é nova mas começa a assumir proporções preocupantes. As pedras e os paralelepípedos que se vão soltando das calçadas, ou que vão sobrando dos arranjos (sempre que algum buraco é arranjado sobram pedras que são diligentemente encostadas à parede mais próxima), estão espalhadas um pouco por toda a parte, havendo em algumas esquinas pequenos montes que não param de crescer.
É mais uma contribuição para o desmazelo do bairro, mas que encerra uma componente perigosa. É que pedras e paralelepípedos podem ser utilizadas como armas de arremesso. Por enquanto ainda não se deu qualquer batalha campal, apesar de alguns estabelecimentos já terem visto o seu interior apedrejado por aqueles que, perante o alheamento das autoridades, quase diariamente espalham o terror. A actual situação de violência já é muito grave, mas com tanta pedra espalhada por ruas e travessas pode tornar-se calamitosa.
O alerta aqui fica. Antes que seja tarde!

18 outubro 2007

TRÂNSITO CONDICIONADO: É TEMPO DE AVALIAÇÃO

Um artigo, possivelmente com origem na Lusa já que foi publicado em vários jornais, veio levantar de novo a questão do condicionamento de trânsito no Bairro Alto e outros bairros históricos. Aqui o reproduzimos parcialmente, aproveitando para referir que subscrevemos as palavras da Presidente da Junta da Encarnação. Também esta Associação considera ser fundamental que se faça uma avaliação da medida e se identifiquem os principais problemas.

É fundamental que se renove a oferta de lugares de estacionamento para moradores e comerciantes.
É fundamental que o actual regulamento da EMEL seja revisto em alguns pontos. São muitos os comerciantes com queixas, nomeadamente os que, dada a natureza da sua actividade, utilizam veículos na distribuição dos produtos que comercializam. O levantamento dessas queixas é necessário, para que “uma boa medida” não acabe por liquidar empresas e a dinâmica comercial da zona.
É fundamental acabar com o excesso de burocracia. Exemplo: Para alterar uma matrícula na Via Verde basta uma carta, mas para fazer o mesmo na EMEL já é necessário repetir todo o processo burocrático inicial e apresentar um novo role de fotocópias.
É fundamental que os funcionários que controlam as entradas tenham formação e saibam gerir as situações que se lhes deparam, descendo do pedestal em que, por vezes, se colocam. Exemplo: Familiares de um morador chegam pela manhã de domingo a uma das entradas do bairro. Pelo monitor são informados que o acesso está reservado a moradores. Explicam que estão de visita a familiares, que trazem alguns presentes na bagageira e no banco traseiro uma senhora cansada. Mas nem a rogos conseguem que lhes seja facultada a entrada. Fará isto sentido? Será a letra do regulamento um Dogma?
Muitos são os exemplos e seria bom que os responsáveis da EMEL não fizessem ouvidos moucos. E quem fala em EMEL diz Câmara Municipal de Lisboa, que é quem tem a responsabilidade política, tanto pela medida como pela sua execução.

Condicionamento ao trânsito nos bairros históricos continua a gerar polémica


“O condicionamento do trânsito nos bairros históricos de Lisboa, medida tomada em 2002, continua a gerar contestação por parte de moradores e comerciantes, mas a EMEL pretende manter a iniciativa

Em Dezembro de 2002, o Bairro Alto torna-se a primeira zona histórica, de Lisboa, a ver algumas das suas ruas com trânsito condicionado, seguindo-se os bairros de Alfama (Agosto 2003), as zonas da Bica e de Santa Catarina (Maio de 2004), e a freguesia do Castelo (Setembro de 2006).Cinco anos depois, Maria Figueira, presidente da Junta de Freguesia da Encarnação, no Bairro Alto, considera que a medida de condicionamento «podia ser mais positiva», e que é «muito urgente fazer uma avaliação da mesma, junto dos moradores e comerciantes».Aponta «dificuldades de comunicação com a EMEL» nos pontos de entrada na freguesia, e exemplifica que se um morador pretender descarregar compras em sua casa, já depois das horas de autorização, o controlador da EMEL não o deixa entrar na área condicionada.Quanto aos lugares de estacionamento, disponíveis para os moradores na Encarnação, cita que «não são suficientes», e adianta que só existem na freguesia lugares para um terço dos moradores.A solução passa, defendem, por uma melhor comunicação entre os moradores e comerciantes do bairro e a EMEL. Dulce Galhardo, 29 anos, é moradora e comerciante na zona da Bica (Bairro Alto), e lamenta «condicionar a sua vida aos horários da EMEL», referindo ainda que a «atribuição de lugares nalguns parques exteriores é feita por sorteio».«Quando fecharam não nos perguntaram nada», frisa Paulo Ribeiro, comerciante de 43 anos na Rua da Atalaia, também no Bairro Alto.Já para António Mestre, 50 anos, igualmente comerciante do bairro, o local «está melhor do que antes», e «o único inconveniente é os carros de apoio ao comércio não poderem entrar depois da hora limite».Vítor Manuel, 53 anos, é lacónico: «É da pior ordinarice que houve». Para este morador e dono de um café, «o comércio está a morrer» no bairro, apontando o dedo à EMEL.
A notícia pode ser lida na íntegra aqui.

14 outubro 2007

FIM-DE-SEMANA ALUCINANTE

Na noite de sexta -feira a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) usou de grande aparato para inspeccionar alguns estabelecimentos do bairro que, no sábado, foi literalmente cercado pela PSP. Ana Mafalda Inácio, no “Diário de Notícias”, descreve a operação policial:

15 detenções e mais de 20 mil euros em coimas.

Madrugada de sábado. Bairro Alto à pinha. Jovens de copo na mão enchiam as ruas. Alguns, já de caminhar torcido, denunciavam os excessos cometidos. A noite corria "fixe", admitiam. A temperatura amena ajudava. E nada fazia esperar um controlo policial, muito menos no bairro. "Não me lembro de haver aqui stops. Eles (polícias) andam a mudar de sítios", diziam. Na rua, três oficiais, cinco chefes e 42 agentes de várias esquadras da Divisão de Trânsito da PSP. Ao todo, 50 homens, 15 veículos ligeiros, 12 motos e uma carrinha transformada em posto móvel, onde estava instalado o Sistema de Contra-Ordenação de Trânsito (SCOT), com o cadastro do condutor. Às 02.00 a operação estava no terreno. Cinco postos controlavam várias saídas do Bairro Alto - Cais do Sodré, Chiado, Príncipe Real, São Mamede e Praça da Alegria/Restauradores. Resultado: 160 viaturas fiscalizadas, 15 detenções, 12 por álcool e três por condução ilegal, seis avisos de apresentação, sete viaturas sem inspecção, duas sem luzes, uma com vidros fumados e uma desobediência (fuga), o que pode dar mais de 20 mil euros em coimas, sem contar com as custas de tribunal. No entanto, e segundo o responsável da operação, subcomissário João Pinheiro, o balanço está longe de recordes de outros tempos (68 detenções em 2003).
"Continua-se a apanhar muito álcool, mas menos pessoas. O ideal seria não apanhar ninguém, por haver consciência dos riscos que se corre", comentou. Dos 160 testes, 114 deram negativos, até 0.50g/l. Os positivos chegaram a atingir 2.02 g/l. Alguns dos valores máximos eram de mulheres (1.80 g/l), o que dá pena de prisão até um ano. Há quem defenda: "Hoje são as melhores clientes" do balão. Não há carro que seja "perdoado". Ana, 20 anos, foi barrada no Cais do Sodré, quando levava a casa uma amiga que fazia 23 anos e se sentia mal disposta. "Nunca tinha sido parada. Bebi quatro copos de vinho, acusou 0.79g/l, mas sinto-me bem. Tenho que pagar 250 euros. Não queria era ficar sem carta". O grupo de amigas reagia: "Olhe, sabe o que isto é? Uma palhaçada. Eu quero um polícia na rua quando sou assaltada e não há. Mas para a caça à multa é vê-los aos montes". O subcomissário Pinheiro sabe ser esta a imagem dos cidadãos, mas acredita que a punição pode servir de emenda.
João, na faixa etária dos 30, não esquece a última noite do B.leza, em Junho. Ia para casa de moto e foi parado na Avenida 24 de Julho. "O teste deu 1.46. Chocou-me saber que era um crime. Sentia-me bem. Não imaginava que o valor fosse elevado. Fui a tribunal, paguei cem euros e cumpri 40 horas semanais de trabalho comunitário. Nunca mais!". Agora, é a namorada que guia. Fez o teste e nada acusou. Na zona do Chiado, havia quem tentasse escapar ao controlo pela Rua Vítor Cordon, mas sem sorte. Na zona, estava um dos postos, duas viaturas e seis agentes, um deles mulher, a quem cabia a função mais pedagógica, verificar inspecções, seguros, coletes, triângulos e cintos dos bancos traseiros. Em minutos, encostaram dois Mercedes e um BMW, conduzidos por gente jovem. Um médico dizia não ter receio do teste, mas acusou 1.24 g/l.Na Rua da Escola Politécnica, a subcomissária Angelina informava que tudo corria dentro da ordem. Até às 03.00, apenas duas detenções e uma infracção por falta de inspecção. Junto dos agentes, Alexandre, 21 anos, pede para fazer o teste. "Bebi e quero saber se estou em condições de conduzir", disse. Alexandre não revelou valores acima dos 0.50, podia seguir. A atitude repetiu-se em vários postos.
No Largo da Misericórdia, onde foi instalado um posto só da esquadra de motos, um dos agentes tentava adivinhar as taxas de condutores que se ofereceram voluntariamente para fazer a triagem. Quase sempre acertou. O ambiente era animado e aliviava a operação. Nem sempre é assim, mas "às vezes, apanha-se gente engraçada", admitiam os agentes. O posto dos Restauradores foi o que teve mais sucesso: cinco detenções, quatro por álcool e uma por condução ilegal. Registou-se aqui a taxa mais elevada. Um jovem com 2.02, que amanhã será presente a tribunal também por desobediência. Após o teste, pediu para ir ao carro buscar fazer uma chamada. Acabou por fugir. Uma hora depois estava a ser detido à porta de casa. A operação terminou pouco depois das 05.00, já junto das Docas e com mais uma detenção. Um jovem que aceitou conduzir porque a amiga tinha bebido, mas que estava sem carta e sem documentos. O motorista "improvisado" foi levado para a esquadra de Santa Marta. Amanhã é ditada a sentença aos detidos. E como dizia um dos chefes mais antigos da divisão: "O dia será das 09.00 às 22.00 no tribunal."
In Diário de Notícias

09 outubro 2007

BURACOS!


Aqui ficam mais dois exemplos de buracos nas calçadas do bairro a pedirem uma intervenção urgente. Muitos outros existem, a maioria de pequenas dimensões, justificando a intervenção de uma equipa de cantoneiros, antes que as chuvas do Inverno ajudem ao aparecimento de verdadeiras crateras.
Das fotos que agora publicamos não podemos deixar de destacar o buraco da Rua das Salgadeiras no encontro com a rua da Atalaia, porque já é uma constante na vida do bairro. Todas as reparações até agora feitas (e têm sido várias) não resistem por muito tempo. A inclinação da rua, a curva apertada e as rodas dos muitos veículos que diáriamente ali passam são um seguro de vida para o buraco dos buracos. Já é tempo de os técnicos pensarem numa solução duradoira.

04 outubro 2007

ACBA EM REUNIÃO

Os órgãos sociais da ACBA reuniram pelas 15 horas do passado dia 2 de Outubro. Estiveram presentes todos os membros da Comissão Admnistrativa e Assembleia Geral (Belino Costa , Vitor Castro, Raul Diniz, João Gonzalez, Maria João Bernardo e Ricardo Pinho ) enquanto o Conselho Fiscal não se fez representar, dado que faltaram todos os seus membros (João Pedro , Rafael Fonseca e Helena Aires).

Depois de debatidos alguns pontos prévios e trocadas informações entrou-se no primeiro ponto da ordem de trabalhos. Foi decidido que a Associação irá, ao longo do corrente mês, desenvolver contactos com a Junta de Freguesia da Encarnação e Câmara Municipal de Lisboa no sentido de sensibilizar tais autoridades para a necessidade de uma intervenção urgente nas calçadas do bairro, onde os múltiplos buracos e pedras soltas têm provocado muitas quedas e são um inadmissível e perigoso sinal de desleixo. Foi igualmente decidido confrontar aquelas duas instituições com a necessidade de se disciplinar a colocação do lixo nas ruas e divulgar devidamente os horários de recolha, assim como os procedimentos mais adequados a seguir por todos.

A violência crescente e a questão dos “dealers” que enxameiam as ruas foi outro dos temas abordados, tendo sido decidido estabelecer contactos com a polícia, dando conta das nossas preocupações e solicitando informações, nomeadamente sobre o “ projecto de vídeo-vigilância”. Foi igualmente decidido solicitar reuniões sobre esta questão junto do Governo Civil e órgãos autárquicos.

Entrou-se depois no segundo ponto da ordem de trabalhos onde se decidiu que os corpos gerentes da ACBA irão desenvolver esforços na captação de novos associados, e lançar novas acções de formação e esclarecimento. Até ao fim do corrente ano irá realizar-se uma sessão de esclarecimento sobre questões fiscais e contabilísticas. Logo que possível será divulgado o mapa de acções que se poderão realizar ao longo do próximo ano.

Deu-se depois início ao debate sobre a necessidade da Associação promover, no decorrer de 2008 (ano em que cumpre 15 anos), uma grande acção de divulgação e promoção do Bairro Alto e de todas as actividades comerciais e culturais que aqui têm lugar. Neste sentido foram distribuídas tarefas, tendo ficado acordada a necessidade de se estabelecer um programa de acção devidamente estruturado até ao próximo mês de Dezembro. E pedir para este a colaboração de todos.

25 setembro 2007

RETOMADAS AS OBRAS DE S. PEDRO DE ALCANTÂRA


Reiniciaram-se ontem, segunda-feira, as obras de recuperação do jardim/miradouro de S. Pedro de Alcântara após largos meses em que este espaço público esteve encerrado, cercado de arames, na sequência de uma decisão do empreiteiro, reagindo assim à falta de pagamento camarário.
“ Espero que se, não for no Natal, no princípio do ano a obra esteja pronta”, declarou à Lusa o vereador José Sá Fernandes.


Os trabalhos agora retomados foram adjudicadas por cerca de 976 mil euros e tiveram início em Novembro de 2005, com um prazo de execução de 360 dias. De adiamento em adiamento, dada a descoberta de muros degradados que houve necessidade de recuperar e consolidar, a obra acabou fechada a cadeado, numa altura em que cerca de 75 por cento da empreitada se encontrava já concluída.
Os dois lagos foram recuperados, assim como o mobiliário urbano, a estatuária e os gradeamentos. Algumas árvores foram substituídas. Falta agora realizar alguns trabalhos a nível de pavimentos, rede de rega e plantações para que a “varanda do Bairro Alto” volte ao convívio do público. É ainda intenção da actual vereação permitir a abertura de um espaço de cafetaria, a ser concessionado a privados.

CML FAZ EMPRÉSTIMO DE 500 MILHÕES


“António Costa apresentou, em conferência de imprensa no dia 24 de Setembro, o Plano de Saneamento Financeiro da autarquia, que será apresentado à Câmara e à Assembleia Municipal, como forma de resolução do passivo global de 1,461 mil milhões de euros, incluindo 348 milhões de euros de dívidas a curto prazo a fornecedores. Na ocasião, a directora municipal de Finanças, Manuela Vitório, que acompanhava o vereador do Pelouro das Finanças, José Cardoso da Silva, apresentou aqueles números referentes ao passivo, demonstrando a impossibilidade de a autarquia poder satisfazer as suas dívidas, com meios próprios, dada a evolução da receita estrutural. Assim, o presidente da Câmara, António Costa, apresentou o presente Plano de Saneamento Financeiro, que prevê o recurso a um empréstimo de 500 milhões de euros, a 12 anos, ao abrigo do artigo 40º da Lei de Finanças Locais, como única solução de resolução do passivo de curto prazo. Segundo este plano, daquele montante do empréstimo, 360 milhões de euros destinam-se a assumir as dívidas para com os fornecedores (348,5 de dívidas confirmadas e 12,5 para outros credores), ficando os restantes 140 milhões de euros em conta corrente para, no prazo de dois anos, se fazer face a provisões e acréscimos de custos que se possam converter em dívida confirmada.
Trata-se de uma operação financeira que encerra em si uma redução significativa de encargos financeiros nos próximos 5 anos, em 63 milhões de Euros, face ao custo da dívida comercial, cujos juros de mora legais se situam, actualmente em 11,03%, enquanto se espera negociar uma taxa de juro, para o presente empréstimo, na ordem dos 5%.Por outro lado, "para que a situação não se repita", o edil lisboeta anunciou uma série de medidas destinadas a conter custos, nomeadamente os custos correntes de funcionamento, para níveis que o crescimento sustentado da receita possa comportar.”

20 setembro 2007

FESTIVAL EXPERIMENTAL NA RUA DOS CAETANOS

Numa iniciativa inédita, as entidades N.I.P., Sonic Scope (associada à label Grain of Sound) e Upgrade unem esforços na programação de um festival que incluirá exposições, debates, workshops e actuações ao vivo que irão decorrer até ao dia 21 no estúdio da Bomba Suicida, na Rua dos Caetanos 26.
Participações de: Manuel Mota , David Maranha, Plan, Nelson Gomes (que tocará harmónio), Carlos Santos, Ernesto Rodrigues, Guilherme Rodrigues, João Silva, José Oliveira, Nuno Moita, Nuno Morão, Frey + Pedro Boavida, Tra$h Converters. (21 de Setembro)
"EDGe" (instalação interactiva): Rudolfo Quintas e Tiago Dionísio.Ivan Franco, "Bugs Fight" Sónia Cillari e Tom Bugs, BOP,Vitor Joaquim + Laetitia Moraes, TokTek + André Gonçalves. (22 de Setembro)
Informação adicional pode ser consultada aqui.

ELEVADOR DA GLÓRIA

Já está de novo em funcionamento o elevador da Glória. O parque de estacionamento dos Restauradores voltou a ser uma alternativa para quem vem ao Bairro Alto.

16 setembro 2007

ELEVADOR DA GLÓRIA RESSUSCITA


“Parado desde 16 de Abril do ano passado por força das obras de reabilitação do túnel ferroviário do Rossio, que passa a poucos metros no subsolo, o centenário ascensor da Glória - que liga a Praça dos Restauradores ao Bairro Alto, em Lisboa - vai voltar a funcionar a partir de terça-feira, dia em que a Carris comemora 135 anos de existência. O elevador retoma a circulação vários meses depois do previsto e de ser sujeito a uma revisão geral, que só devia ter lugar no fim do ano, mas foi antecipada pela empresa.

Ao JN, fonte da Carris garantiu que a empresa já foi ressarcida pela Refer do prejuízo que teve com os 15 meses de paragem forçada do equipamento. "Estava tudo acertado desde o início. Fomos ressarcidos e as contas estão saldadas", disse Luís Vale, secretário-geral da Carris, escusando-se a revelar o valor recebido.Para mais tarde vai ter de ficar o sistema de videovigilância que a empresa quer instalar nos vários ascensores da capital, de forma a dissuadir os frequentes ataques de grafiters. O pedido para instalação das câmaras de videovigilância (que deverão ser ligadas à central de tráfego da empresa) já foi entregue na Comissão Nacional de Protecção de Dados, mas a resposta ainda não chegou, pelo que a empresa teve de adiar a entrada em funcionamento do sistema.A retoma da circulação do ascensor da Glória integra o programa de comemoração dos 135 anos da Carris e será assinalada, pelas 10 horas, com a distribuição de pastéis de nata à população.


Nas instalações da empresa, em Miraflores, vai decorrer o grosso do programa, que será presidido pela secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, e inclui a entrega de emblemas e diplomas a cerca de 60 trabalhadores. Na ocasião serão apresentados os 15 autocarros adaptados ao transporte de bicicletas que entrarão em funcionamento aos fins de semana e feriados a partir do dia 22, nas carreiras 708 (Martim Moniz-Parque das Nações Norte) e 723 (Desterro-Algés). No mesmo dia começam a funcionar mais duas carreiras equipadas com rampas de acesso a cadeiras de rodas.”

10 setembro 2007

AFINAL HAVIA UM!

Depois de largos meses com as esquinas enxameadas de “dealers” oferecendo as mais variadas drogas aos passantes, interpelando-os com o maior à vontade e despudor;
Depois de largos meses de provocações, por vezes de insultos e até agressões desses “vendedores”, insistindo, quase obrigando à compra de “coca, haxe, ou erva”;
Depois de largos meses de actividade perante os olhos incrédulos do público e do olhar impotente da polícia que confessou em reunião pública nada poder fazer dado que a rapaziada anda por ali a fazer de conta, vendendo coisas parecidas com droga, mas que não o são;
Depois de largos meses de contrafacção pública de estupefacientes, ludibriado e levando ao engano os mais incautos, actividade aparentemente admissível dado a impunidade com que acontece;

Foi preciso chegar Setembro para ficarmos a saber que afinal havia um “dealer” no Bairro Alto. Um! O tal, um dos autênticos e dos verdadeiros! Um “dealer” a sério. O único!
A notícia do Diário Digital/Lusa merece ser transcrita na íntegra, para que todos fiquem, por certo, muito mais descansados!


Lisboa: PSP deteve homem por tráfico de droga no Bairro Alto

A PSP anunciou hoje a detenção de um homem por tráfico de droga no Bairro Alto, em Lisboa, bem como a apreensão de haxixe, liamba, dinheiro e telemóveis.
Segundo um comunicado do Comando Metropolitano de Lisboa, o homem, de 47 anos, foi detido na madrugada de sexta-feira para sábado passado, após um «minucioso trabalho de pesquisa e investigação» e ficou em prisão preventiva.
A Polícia apreendeu noventa gramas de haxixe, 600 gramas de liamba, 5.200 euros em dinheiro, dinheiro estrangeiro e vários telemóveis.
O suspeito tem antecedentes criminais por tráfico de droga e é residente na zona do Bairro Alto, encontrando-se em situação ilegal no país, adianta a PSP, citando o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. “
Diário Digital / Lusa/ aqui.

18 julho 2007

POSTAL DE VERÃO 2007: COMERCIANTES !


Chegam pelo fim da tarde e espalham-se pelas esquinas. Cumprem horário certo e cobrem cada zona segundo apertado escalonamento. São jovens herdeiros uma longa tradição comercial, parte de uma cadeia formada por múltiplas gerações de dedicados vendedores. Postam-se pelas esquinas do bairro, metodicamente, organizadamente, sempre aos pares. O ar parece descontraído, humilde, por vezes acabrunhado, mas por debaixo desse disfarce há o olhar atento de um comerciante que pesa cada potencial freguês, pondera a possibilidade de fazer negócio, e avança. E luta.
– Coca? Haxe ?
Mostram um rosto comprometido, fingem atrapalhação enquanto se aproximam sibilantes. Na verdade actuam com a ligeireza e a naturalidade de quem vende tremoços. São os falsos mercadores de estupefacientes, mais chatos do que ameaçadores. Mas incomodam muito.

Incomodam os eventuais consumidores porque lhes vendem uma inqualificável porcaria já que, segundo a polícia, “vendem tudo menos droga”, e incomodam os outros com o assédio constante. Ao que nos dizem nada há fazer porque a rapaziada não anda a “vender droga”, limita-se a fazer de conta…

Pode fazer de conta? Pode!

O argumento, confesso após longos dias de introspecção e esforço, até pode fazer sentido. Mas, já que pode, então permitam que a rapaziada monte banca em sítio certo e deixe de andar pelas esquinas perseguindo os incautos visitantes.

Pelo menos que haja ordem no comércio local! Queremos dealers com porta aberta, número de contribuinte e licença camarária. E, já agora, devidamente controlados pela A.S.A.E.

BC

08 julho 2007

FRÁGIL: 25 ANOS EM CD


Com 25 anos, comemorados no passado dia 26 de Junho, o bar Frágil lançou um CD de homenagem à cidade de Lisboa com chancela da Lisboa Records. O álbum reúne doze temas que abordam a Cidade e o Tejo sob diferentes pontos de vista.


«O resultado, surpreendente, revela um disco que funciona como um todo harmónico: das canções pop/rock ao fado/tango, da música eléctrica/electrónica ao acústico e instrumental, dos textos urbanos à poesia forte, Lisboa surge-nos numa visão simultaneamente ardente e serena», escreve Tiago Faden da Lisboa Records a propósito deste importante trabalho, que tem o seguinte alinhamento:
1. Pedro Oliveira + José Sousa – Magnífica Luz
2. Rui Reininho + Armando Teixeira – Estranho Caso do Amante Preguiçoso
3. Rodrigo Leão – Cidade Tejo
4. Danças Ocultas – Primeira Hora
5. A Naifa – Passagem a Limpo
6. Novembro – Solidão a Dois
7. Rogério Samora + Rodrigo Leão + Gabriel Gomes – Poema
8. Paulo Abelho + João Eleutério + Graciano Dias – A Ponte
9. Adriano Filipe – O Recado
10. Maria Ana Bobone + Ricardo Rocha – Com Que Voz
11. The Gift – In Repeat
12. BCN – You Are Welcome to Elsinore

O BAIRRO VISTO DE FORA

O Globe life Travel , publicação do Canadá, publicou um interessante artigo sobre Lisboa (“The Atlantic's version of San Francisco”) onde o grande destaque vai para o Bairro Alto. Paul French, o articulista, destaca como o momento mais memorável a subida para o Bairro Alto no elevador de Santa Justa e aponta como grande “factor de stress” o constante assédio dos “vendedores de droga”.
O artigo pode ser lido aqui.

HELENA ROSETA DEFENDE PROJECTO PILOTO PARA O BAIRRO ALTO


Helena Roseta acompanhada por vários elementos da sua candidatura esteve, na noite do passado sábado, no Bairro Alto. Depois de um encontro com elementos da direcção da ACBA e do presidente do Clube Rio de Janeiro a candidata, que manifestou a sua concordância com muitas das propostas apresentadas pela Associação de Comerciantes, acabou por declarar aos microfones da Antena 1 que o Bairro Alto deveria ser encarado pelo próximo executivo camarário como “ um projecto piloto” e que, em estreita colaboração com moradores, comerciantes e outras forças locais, o município deveria levar a acabo uma estratégia de recuperação e dinamização do bairro.
Depois de passar pela Livraria Ler Devagar e visitar as instalações do Clube Rio de Janeiro a candidata deteve-se junto do edifício municipal Notícias/Capital, acabando a visita junto ao aprisionado jardim de S. Pedro de Alcântara, com vista sobre o amortalhado elevador da Glória, dois emblemas de uma cidade paralisada.

05 julho 2007

HELENA ROSETA VISITA O BAIRRO ALTO

Na sequência das cartas enviadas a várias candidatos à presidência da Câmara Municipal de Lisboa a direcção da ACBA foi contactada pela candidatura “Cidadãos por Lisboa”, que aceitou o convite para visitar o Bairro Alto a fim de debater os nossos pontos de vista e contactar a realidade local.

O encontro com a candidata Helena Roseta está marcada para as 22 horas do próximo sábado, dia 7, junto aos números 6/10 da Rua da Barroca. Dali seguiremos até ao jardim (prisioneiro) de S. Pedro de Alcântara, com breves paragens junto da Galeria Zé dos Bois/Ler Devagar, Clube Rio de Janeiro, e edifício Notícias /Capital.

Apela-se à participação de todos.

PREVISTA REUNIÃO COM CANDIDATURA DE ANTÓNIO COSTA

Também a candidatura “Unir Lisboa” recebeu as 11 propostas da ACBA com o maior interesse, tendo Ana Sara Brito entrado em contacto com o presidente da ACBA disponibilizando-se para, no início da próxima semana, agendar um reunião com o candidato para uma primeira abordagem às nossas propostas.