26 junho 2012

CINEMA NO TERRAÇO DA ZDB


O verão chegou. A Daniela é casmurra e dá-lhe mais uma vez no punk, o Sérgio amuou e vai para casa ao entardecer, o Yuri está com um abcesso mas mesmo assim aceitou pintar o terraço de fresco para mais um ciclo de cinema. O Carlos, o Cristiano e a Joana aturam-nos, a Marta, o Natxo e a Joana dizem sempre que vêm. A Bernarda gosta de rockeiros.
Desta forma, lançamos a oitava edição do ciclo de cinema do icónico terraço do Bairro Alto. Entre Junho e Setembro, desde 2009, a ZDB tem apresentado vários filmes sobre pessoas, bandas e irrefutáveis movimentos da história da música independente.
Este ano começamos com uma retrospectiva ao trabalho do realizador David Markey que, prolificamente, tem trabalhado com bandas do universo punk rock – Sonic Youth, Dinossaur Jr., Black Fag, apenas para nomear algumas – acompanhando de perto os seus concertos e tours.
David Markey que, para além de realizador é músico e fez parte de Sin 34 e Painted Willie, com a sua câmara super 8 em punho filma momentos que partilha com as bandas que acompanha. O visionamento dos seus filmes transporta-nos directamente para os palcos, para os bastidores e para um conjunto diverso de não-lugares e momentos íntimos que compõem a rotina de uma banda em tour. Nas suas peças mais curtas concilia de forma imediata e perspicaz a música underground com o cinema experimental, usando referências da cultura visual contemporânea. O seu corpo de trabalho apresenta um registo único do movimento punk nos anos 80 e 90.
Começamos a abrir com o célebre “1991: The Year Punk Broke”, registo único da tour de Sonic Youth na Europa em 91; segue-se o filme de culto sobre o hardcore punk de Los Angeles – “The Slog movie”; depois, o polémico documentário sobre a última tour dos Black Flags – “Reality 86’ D”; e antes de uma selecção de curtas filmadas entre 1974 e 2004, outro documento – “Blast Off!”, desta vez sobre as icásticas Shonen Knife.
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Quinta, 21 de Junho às 22h
“1991: The year punk broke

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22 junho 2012

HOJE E AMANHÃ: VINHO A COPO

Aproximar o vinho do público jovem e contrariar a tendência da liderança da cerveja nos ambientes nocturnos são os principais objectivos das festas A Copo.
O Bairro Alto, em Lisboa vai ser invadido hoje e amanhã, a partir das 20h, por 20 vinhos de qualidade, a um preço muito acessível (1,5 euros).
A Rua da Barroca vai ainda receber actuações imprevistas de teatro e música de rua, assim como intervenções surpreendentes no interior dos diversos bares e restaurantes aderentes.
Os actores Miss Suzie, Marina Albuquerque e Nico Guedes prometem envolver o público no espírito dos vinhos portugueses e celebrar o consumo responsável. Estão também presentes equipas de medição da taxa de alcoolémia.


15 junho 2012

FRÁGIL COMEMORA 30 ANOS



O histórico bar Frágil, no Bairro Alto, em Lisboa, completa hoje 30 anos e vai comemorar a data com uma festa na próxima quinta-feira, 21 de Junho.
Inaugurado a 15 de Junho de 1982, o actual Frágil herdou dessa década a aura de uma certa ‘movida’ de artistas e pensadores na Lisboa recém-saída da dormência de décadas de ditadura, mas não parou no tempo: renovou-se, adaptou-se e mantém o seu lugar na noite do Bairro Alto.
«O Frágil era uma espécie de refúgio, o sítio mais importante no Bairro Alto, na altura em que eu comecei a sair, há 30 anos. Foi o sítio onde eu conheci, por exemplo, o Miguel Esteves Cardoso, o Hermínio Monteiro [editor da Assírio & Alvim, já falecido], o Pedro Ayres Magalhães», disse à Lusa o compositor Rodrigo Leão, um dos três actuais sócios (juntamente com a mulher, Ana Carolina, e a psiquiatra Ana Matos Pires).
«Aliás, foi aqui no Frágil que falámos as primeiras vezes em fazer o projecto Madredeus, um projecto diferente daqueles em que eu e o Pedro tocávamos na altura, a Sétima Legião e os Heróis do Mar», sublinhou.
Instalado no n.º 126 da rua da Atalaia no espaço que foi antes uma padaria, com um grande forno e um café contíguo, o Frágil mantém ainda traços da anterior vida, como paredes cobertas de azulejos brancos, que convivem harmoniosamente com as colunas barrocas de talha dourada e os grandes espelhos com que o antiquário Manuel Reis, primeiro proprietário, decorou o bar.
Mas muita coisa mudou naquele espaço. Quando Ana Carolina e os seus cinco sócios compraram o espaço, há 14 anos, havia uma sala escorada e a céu aberto e, quando chovia, chovia também na cabine de som, pelo que foi necessário fazer obras de fundo, colocar um telhado novo, de várias águas, e também insonorizar o espaço, contou Rodrigo Leão.
Mais tarde, há quatro anos, o compositor comprou a quota de um dos sócios e instalou o seu estúdio no andar de cima do bar, a que se acede por umas escadas metálicas.
«Foi, ao longo destes 30 anos, um sítio que eu frequentei com muita regularidade e agora sinto até um certo orgulho em poder continuar ligado ao Frágil», observou o músico, que ali conheceu também aquela que se tornaria sua mulher e letrista.
«As pessoas não ficaram órfãs do Frágil dos anos 1980, o Frágil continua a existir!», frisou Ana Carolina.
Além das alterações no espaço, houve outras, sinal dos tempos: mantendo-se as noites normais, com DJ a encherem a pista de gente a dançar, começou também a haver espectáculos com atores a recitarem poesia, acompanhados de músicos, lançamentos de livros, festas temáticas, parcerias com outras entidades para outro tipo de eventos, como passagens de modelos, e até transmissões em directo de programas de rádio, como aconteceu na última noite eleitoral com o ‘Governo-Sombra’, da TSF.
«Penso que é isso um pouco o futuro do Frágil. É quase como um clube de amigos que se propõe fazer coisas diferentes», observou o músico.
Consultando a página do Frágil na rede social Facebook, é possível ficar a par da agenda do bar, que, neste momento, abre de quinta-feira a sábado, das 23H30 às 04H00, e também noutros dias da semana para eventos específicos.
No verão, referiu Rodrigo Leão, o bar vai estar aberto mais dias.
Lusa/SOL

12 junho 2012

LISBOA E PORTO FESTEJAM COM VINHO A COPO



A Rua da Barroca, no Bairro Alto, em Lisboa, e as Ruas de Cândido dos Reis e das Galerias de Paris, no Porto, serão o palco das Festas “a Copo!” 2012 da ViniPortugal, onde 17 vinhos premium portugueses, servidos a copo, serão os protagonistas. A iniciativa terá lugar nos dias 22 e 23 de Junho, em Lisboa, e nos dias 29 e 30 de Junho, no Porto.
As Festas “a Copo!” decorrem no âmbito da campanha “a copo!” da ViniPortugal com o objectivo de promover o consumo de bons vinhos portugueses a copo, como forma de aceder a diversas opções de elevada qualidade, com moderação, em momentos de descontracção e convívio.
Este ano, a animação terá início às 20h, nos bares e restaurantes com serviço de vinho a copo associados ao evento. A partir dessa altura, a festa espalha-se pelas ruas, através de iniciativas que irão envolver e surpreender o público presente.
 Poderão ser degustados, ao todo, 17 vinhos portugueses de referência, das principais regiões demarcadas, a um preço acessível (1,5€). Este ano a iniciativa contará com a participação de 12 bares, wine bars e restaurantes em Lisboa e 14 no Porto.
A organização está ainda a preparar acções específicas com o objectivo de sensibilizar os participantes para a moderação associada ao consumo de vinho a copo durante as Festas, entre as quais a disponibilização de equipas com alcoolímetros, para que os presentes possam medir a taxa de alcoolémia durante o evento.
 Em 2011, as Festas “a copo!” contaram com uma elevada adesão, com 12 500 pessoas a celebrar o vinho português de forma responsável e 850 garrafas de vinho vendidas.

05 junho 2012

ADEGA MACHADO VAI REABRIR



A ser sujeita a um profundo processo de remodelação, em curso há mais de um ano, a Adega Machado, uma das mais conhecidas Casas de Fados do Bairro Alto, em Lisboa, deve reabrir até ao final deste mês, disse ao Turisver.com João Pedro Ferreira-Borges, presidente executivo do Grupo LTA, que detém outras duas casas em Lisboa.
“A conclusão será neste mês de Junho, tínhamos a expectativa de poder abrir mais cedo mas não foi possível, houve muitos pormenores e alguns imponderáveis que nos obrigaram a algumas alterações. Tratou-se de um processo de recuperação e por isso houve vários atrasos”, afirmou o responsável, adiantando apenas que o investimento realizado foi “muito grande e vai demorar muitos anos para ser recuperado”.
Quando reabrir, a Adega Machado vai apresentar-se como um espaço totalmente distinto do anterior, “com uma decoração contemporânea, diferente daquilo que estamos habituados a ver numa Casa de Fados”, revela João Pedro Ferreira-Borges.
O processo de recuperação da Adega Machado foi total, abrangeu “desde a canalização, ao último cabo eléctrico”, dando a esta mítica casa uma nova cara, onde vão existir três espaços distintos e multifacetados, mas sempre com o Fado e a gastronomia tradicional portuguesa como base.
A sala principal, com 115 lugares sentados e serviço à carta, uma adega moderna para 70 pessoas, com serviço de vinho copo e petiscos, e ainda um terraço ao ar livre, com capacidade para 30 pessoas e vista para a Rua do Norte, são os três espaços disponíveis. Tanto a adega como o terraço poderão ser reservados para grupos e eventos, incluindo pequenas apresentações de Fado.
Com a recuperação, a Adega Machado vai passar a oferecer também um serviço de cinco estrelas e um inovador conceito de espectáculos, pois está previsto que os fadistas passem a interagir com o público, com momentos em que os artistas “se vão sentar nas mesas dos clientes, criando uma envolvência diferente”.
“Não é que seja um conceito novo mas, em termos de Casas de Fados, não será uma prática comum. Acho que vai ser uma surpresa e que as pessoas vão reconhecer que existe aqui alguma inovação”, acredita o responsável.
Além da Adega Machado, o Grupo LTA é também proprietário do Café Luso, outra das mais conhecidas Casas de Fados do Bairro Alto, bem como do Restaurante Timpanas, em Alcântara. I.M.