22 abril 2012

ENTRADAS NO BAIRRO: 3- MAIS LIXO E MAIS AUTOMÓVEIS


Chegados à Praça Luís de Camões, vejamos o que nos reserva a zona sul do Bairro Alto.

 
A Rua das Gáveas é um dos canais de entrada de automóveis. O sistema de controlo de acessos foi alterado obrigando agora à passagem de um cartão num sensor. O problema é que as máquinas não são adequadas à situação e, faça chuva ou faça sol, seja de dia ou de noite o condutor tem sempre de sair da viatura para acionar o mecanismo de entrada. Desconfortável e perigoso, especialmente a certas horas. O lixo, uma presença constante no canto esquerdo da rua, e o respetivo mau cheiro são outras características desta entrada no bairro.


A Rua do Norte, pela diversidade das suas atividades comerciais e pela localização estratégica é uma das entradas no bairro mais utilizadas pelos peões, servindo a Praça de Camões como uma espécie de hall de entrada, ou ponto de encontro. Esta é uma das ruas que deveria ser urgentemente pedonizada. Seguramente que tal teria um impacto muito positivo na dinamização do comércio diurno. Atualmente  a Rua do Norte privilegia a circulação automóvel sendo  um dos seus canais de saída.  Mais um erro estratégico.



A Rua da Atalaia, junto ao Largo do Calhariz, bem poderia ser o canal de saída em substituição da Rua do Norte. As condições e equipamentos técnicos existem, só que não se encontram em utilização. A própria entrada da rua não está em utilização encontrando-se habitualmente tapada por veículos de quatro rodas parados de ambos os lados.
Em síntese:
1-No Bairro Alto, mesmo na zona de trânsito condicionado, predomina a lógica e os interesses dos automóveis, dando-se até o caso de atualmente se permitirem cargas e descargas, com veículos pesados, até às 20 horas (situação que se prolonga até horas mais tardias).
2-O potencial turístico do bairro está a ser desvalorizado e desaproveitado.
3-Ao nível do espaço público ressalta a imagem de degradação e lixo. 

E assim se fecha e isola o Bairro Alto.  Assim se desperdiçam recursos em tempo de crise.