Chegados à Praça Luís de Camões,
vejamos o que nos reserva a zona sul do Bairro Alto.
A Rua das Gáveas é um dos canais
de entrada de automóveis. O sistema de controlo de acessos foi alterado
obrigando agora à passagem de um cartão num sensor. O problema é que as
máquinas não são adequadas à situação e, faça chuva ou faça sol, seja de dia ou
de noite o condutor tem sempre de sair da viatura para acionar o mecanismo de
entrada. Desconfortável e perigoso, especialmente a certas horas. O lixo, uma
presença constante no canto esquerdo da rua, e o respetivo mau cheiro são
outras características desta entrada no bairro.
A Rua do Norte, pela diversidade
das suas atividades comerciais e pela localização estratégica é uma das
entradas no bairro mais utilizadas pelos peões, servindo a Praça de Camões como
uma espécie de hall de entrada, ou
ponto de encontro. Esta é uma das ruas que deveria ser urgentemente pedonizada.
Seguramente que tal teria um impacto muito positivo na dinamização do comércio
diurno. Atualmente a Rua do Norte
privilegia a circulação automóvel sendo um dos seus canais de saída. Mais um erro estratégico.
A Rua da Atalaia, junto ao Largo
do Calhariz, bem poderia ser o canal de saída em substituição da Rua do Norte.
As condições e equipamentos técnicos existem, só que não se encontram em
utilização. A própria entrada da rua não está em utilização encontrando-se
habitualmente tapada por veículos de quatro rodas parados de ambos os lados.
Em síntese:
1-No Bairro Alto, mesmo na zona
de trânsito condicionado, predomina a lógica e os interesses dos automóveis,
dando-se até o caso de atualmente se permitirem cargas e descargas, com
veículos pesados, até às 20 horas (situação que se prolonga até horas mais
tardias).
2-O potencial turístico do bairro está a ser desvalorizado e
desaproveitado.
3-Ao nível do espaço público ressalta a imagem de degradação
e lixo.
E assim se fecha e isola o Bairro Alto. Assim se desperdiçam recursos em tempo de
crise.