15 novembro 2011

Entidades do Bairro Alto pedem que lojas fechem mais cedo


Moradores, comerciantes e freguesias do Bairro Alto pediram hoje ao presidente da Câmara de Lisboa a redução dos horários de funcionamento das lojas de conveniência da zona, que "aumentam a venda de álcool" e, consequentemente, "a violência na rua".
As associações de moradores e de comerciantes do Bairro Alto e as juntas de freguesia da Encarnação e de Santa Catarina, onde se insere aquela zona histórica - mas também de diversão nocturna - reuniram-se esta tarde com o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa.
"Tentámos concertar uma estratégia para resolver o problema do ruído e da violência provenientes do álcool na via pública. Sugerimos ao presidente a limitação dos horários de funcionamento das lojas de conveniência para evitar a venda de álcool mais barata", disse à Lusa o presidente da Associação de Moradores do Bairro Alto, Luís Paisana, no final da reunião.
Em Junho, António Costa colocou em período de audição pública uma proposta de limitação do horário de funcionamento das lojas de conveniência para que estas estivessem abertas entre as 8.00 e as 19.00 todos os dias da semana, antecipando em sete horas o encerramento destes estabelecimentos.
Na altura, o autarca salientou verificar-se que "estes estabelecimentos asseguram predominantemente a venda de bebidas alcoólicas a retalho, fazendo-o em garrafas de vidro, que os consumidores transportam e consomem na via pública", uma actividade que é "gravemente prejudicial para a segurança e saúde pública".
De acordo com Luís Paisana, "o presidente ouviu as reivindicações apresentadas pelas quatro entidades presentes na reunião] e comentou que estavam a ser estudadas estas medidas, mas não adiantou nada em concreto" sobre as iniciativas nesta área.