Abriu um bar suíço em plena rua da Barroca. E foi lá que Luís Filipe Rodrigues descobriu que a Heidi não é japonesa.
Quando pensamos na Suíça, pensamos em queijos, relógios, chocolates e, claro está, na Heidi. Faz por isso todo o sentido chamar Bar Heidi... a um bar suíço. Assim pensaram Marc Lupien, um canadiano que diz ser “meio-suíço”, e Sindi Wahlen, esse sim, nascido e criado naquele país. Há poucas semanas, na recta final de 2009, ambos inauguraram o novo bar da rua da Barroca. Mas não lhes digam, por favor, que a personagem que todos conhecemos na infância através dos desenhos animados foi criada pelos japoneses.
“Ela não é japonesa!”, refere Marc. “É a suíça mais conhecida do mundo, e foi criada por Johanna Spyri no século XIX. Foram os desenhos animados japoneses que a popularizaram, e é o que toda a gente conhece em Portugal. Mas antes disso já tinha aparecido no cinema em mais que uma ocasião.” É um facto. A tom de exemplo, nos anos 30 a pequena Shirley Temple encarnou a personagem.
Este não é, porém, o único ponto de contacto do Heidi com a Suíça. A decoração vincadamente kitsch do espaço faz lembrar um chalé. E se é verdade que muitos móveis foram comprados no Ikea e depois personalizados pelos proprietários, a maior parte dos objectos da decoração foi mesmo adquirida em feiras da ladra na Suíça. O resultado – uma sala com vários quadros, cabeças de alce e um sino trazido directamente da quinta da família de Sindi – é realmente acolhedor. Como um chalé.
Além destes aspectos mais superficiais, como o nome e a decoração, a influência suíça continua em elementos mais importantes. Quem quiser pode pedir um prato de queijos suíços, por exemplo, ou tremoços picantes (uma das especialidades da casa), e outras iguarias locais, perfeitas para acompanhar uma cerveja quando se sai do trabalho, ou depois de jantar.
Quem diz uma cerveja, diz um copo de Appenzeller: uma bebida feita a partir de 42 ervas diferentes, que os proprietários garantem ter “um sabor parecido com o do Jägermeister”, digestivo que começa a ser possível encontrar em cada vez mais bares alfacinhas, e também está à venda no novo espaço da Barroca. E ainda há o cocktail Heidi, a especialidade da casa (uma espécie de mojito feito com vinho verde e xarope de flores de sabugueiro). Ou o vinho quente.
Até ao momento, o bar tem feito sucesso, e os donos querem que continue a crescer para chegarem a todos os tipos de público. A selecção musical é por isso cuidada, sem ser uma das prioridades. Víctor Alves passa techno minimal aos sábados, enquanto à sexta-feira a cabine fica entregue aos DJs convidados. O som, como seria de esperar, varia por isso constantemente, sem nunca fugir muito do electro.
Mas, sublinhe-se, a música não é aqui a propriedade. Durante anos, os donos tiveram um espaço em Nice chamado Smarties, espécie de electro-lounge que trespassaram antes de se instalarem em Lisboa. O que motivou essa mudança? “Eu e o Sindi viemos a Portugal pela primeira vez há dois anos, e apaixonámo-nos por Lisboa.” Compreende-se.
Quando pensamos na Suíça, pensamos em queijos, relógios, chocolates e, claro está, na Heidi. Faz por isso todo o sentido chamar Bar Heidi... a um bar suíço. Assim pensaram Marc Lupien, um canadiano que diz ser “meio-suíço”, e Sindi Wahlen, esse sim, nascido e criado naquele país. Há poucas semanas, na recta final de 2009, ambos inauguraram o novo bar da rua da Barroca. Mas não lhes digam, por favor, que a personagem que todos conhecemos na infância através dos desenhos animados foi criada pelos japoneses.
“Ela não é japonesa!”, refere Marc. “É a suíça mais conhecida do mundo, e foi criada por Johanna Spyri no século XIX. Foram os desenhos animados japoneses que a popularizaram, e é o que toda a gente conhece em Portugal. Mas antes disso já tinha aparecido no cinema em mais que uma ocasião.” É um facto. A tom de exemplo, nos anos 30 a pequena Shirley Temple encarnou a personagem.
Este não é, porém, o único ponto de contacto do Heidi com a Suíça. A decoração vincadamente kitsch do espaço faz lembrar um chalé. E se é verdade que muitos móveis foram comprados no Ikea e depois personalizados pelos proprietários, a maior parte dos objectos da decoração foi mesmo adquirida em feiras da ladra na Suíça. O resultado – uma sala com vários quadros, cabeças de alce e um sino trazido directamente da quinta da família de Sindi – é realmente acolhedor. Como um chalé.
Além destes aspectos mais superficiais, como o nome e a decoração, a influência suíça continua em elementos mais importantes. Quem quiser pode pedir um prato de queijos suíços, por exemplo, ou tremoços picantes (uma das especialidades da casa), e outras iguarias locais, perfeitas para acompanhar uma cerveja quando se sai do trabalho, ou depois de jantar.
Quem diz uma cerveja, diz um copo de Appenzeller: uma bebida feita a partir de 42 ervas diferentes, que os proprietários garantem ter “um sabor parecido com o do Jägermeister”, digestivo que começa a ser possível encontrar em cada vez mais bares alfacinhas, e também está à venda no novo espaço da Barroca. E ainda há o cocktail Heidi, a especialidade da casa (uma espécie de mojito feito com vinho verde e xarope de flores de sabugueiro). Ou o vinho quente.
Até ao momento, o bar tem feito sucesso, e os donos querem que continue a crescer para chegarem a todos os tipos de público. A selecção musical é por isso cuidada, sem ser uma das prioridades. Víctor Alves passa techno minimal aos sábados, enquanto à sexta-feira a cabine fica entregue aos DJs convidados. O som, como seria de esperar, varia por isso constantemente, sem nunca fugir muito do electro.
Mas, sublinhe-se, a música não é aqui a propriedade. Durante anos, os donos tiveram um espaço em Nice chamado Smarties, espécie de electro-lounge que trespassaram antes de se instalarem em Lisboa. O que motivou essa mudança? “Eu e o Sindi viemos a Portugal pela primeira vez há dois anos, e apaixonámo-nos por Lisboa.” Compreende-se.
Bar Heidi. Rua da Barroca, 129 (Bairro Alto). Todos os dias, das 18.00 às 02.00.
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