19 janeiro 2009

VENDEM-SE PALÁCIOS


Câmara aliena edifícios: Lisboa quer ser Capital do Charme
15/01/09, 01:05
OJE

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) apresentou terça-feira a iniciativa 'Lisboa, capital do Charme', que, entre outras medidas, visa alienar seis edifícios de interesse patrimonial e arquitectónico, localizados em bairros históricos da cidade. O objectivo: tornarem-se hotéis de charme. No total, estas unidades deverão ter uma oferta de 155 quartos, uma média de 25 por hotel, destinados a turistas com 'elevados padrões de exigência', salvaguardando em simultâneo 'o usufruto público'.

Entre os seis edifícios que a CML pretende alienar encontram-se cinco palácios, a saber o Palácio Brancaamp, no Príncipe Real, o Palácio Pancas Palha, em Santa Apolónia, o Palácio do Machadinho, na Madragoa, o Palácio do Visconde do Rio Seco, no Bairro Alto e o Palácio Benagazil, junto ao aeroporto. Será também alienado o Edifício do Passo da Procissão do Senhor dos Passos da Graça, junto ao Castelo de São Jorge.

António Costa, presidente da CML. referiu que o principal objectivo das alienações não é o encaixe financeiro, mas sim a recuperação do património e o aumento de uma oferta diferenciada em Lisboa.

António Costa defendeu que os edifícios 'são uma mais-valia importante' mesmo em tempo de crise', destacando 'o valor patrimonial' dos edifícios e a 'experiência diferenciadora' do segmento a que se destinam.

Vítor Costa, director-geral da Associação de Turismo de Lisboa (ATL), que colabora com este projecto, salientou ainda que 'quando estes hotéis estiverem no mercado 'certamente a crise estará ultrapassada' e que 'estaremos mais preparados para a retoma com sucesso'.

No total, a base de licitação dos imóveis está definida em 12,7 milhões de euros, e o autarca de Lisboa espera que a alienação dos imóveis seja discutida em Fevereiro em Assembleia Municipal e que as hastas públicas se possam realizar a partir daí a um ritmo de uma de 15 em 15 dias.

O projecto 'Lisboa, Capital do Charme' está alinhado com o Plano Estratégico Nacional do Turismo, que recomenda o crescimento moderado da oferta hoteleira até 2017, ano em que Lisboa deve oferecer um total de 42.521 camas. Em 2007, a cidade dispunha de 26615 camas.

Palácio Brancaamp. Do século XIX, situa-se na zona do Príncipe Real, tem uma área coberta de 538 m2 e descoberta de 960 m2, foi residência dos políticos Anselmo Brancaamp Freire e Fontes Pereira de Mello. Base de licitação: 1,8 milhões de euros.

Palácio do Visconde do Rio Seco. No Bairro Alto, do século XVIII, tem uma área coberta de 319, 20 m2 e descoberta de 37, 05 m2, foi propriedade do visconde do Rio Seco e acolheu a Sociedade Editorial Democrática e a Empresa Nacional de Culinária. Base de licitação: 400.024 euros.


Palácio Benagazil. Junto ao aeroporto, do século XIX, tem uma área coberta de 540 m2 e descoberta de 850 m2, foi a casa de recreio da Quinta Policarpo, construída pelo primeiro visconde de Benagazil, Policarpo José Machado. Base de licitação: 1,4 milhões de euros.
Edifício do Passo da Procissão do Senhor dos Passos da Graça. Junto ao Castelo de São Jorge, do século XVIII, tem 650 m2, e integra o monumento do passo da procissão do Senhor dos Passos, que está inventariado e deverá ser totalmente preservado.
Base de licitação: 1,5 milhões de euros

Palácio do Machadinho. Na Madragoa, do século XVIII, tem uma área coberta de 1.698 m2 e descoberta de 2.292 m2, foi propriedade de José Pinto Machado, 'o Machadinho', do poeta António Feliciano de Castilho e do filho, o olisipógrafo Júlio de Castilho. Base de licitação: 3,3 milhões de euros Palácio Pancas PalhaEm Santa Apolónia, do século XVIII, classificado como imóvel de interesse público, tem uma área coberta de 1.260 m2 e um logradouro com 3.386 m2, pertenceu a D. Luís de Meneses e às famílias Palhas e Van-Zeller.
Base de licitação: 4 milhões de euros

4 comentários:

  1. Claro, agora percebe-se a história dos horários. Tudo exigido pelos potenciais investidores no palácio dos viscondes.

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  2. horários, pinturas, encerramentto de estabelecimentos... pois claro, limpar o bairro da "bandalha".
    E, já agora, parece que os Costas tomaram conta da cidade. Já viram que todos se chamam Costa? ehehe

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  3. Esta ACBA é incrivel,nem uma palavra de apoio aos estabelecimentos encerrados pela ASAE ,nem sequer um artigo..Acordem comerciantes,unam-se pois esta associação nada mais vai fazer,não podem contrariar o sr costa,pois ele afinal concedeu o que lhes interesava,os restaurantes a encerrarem ás duas horas.
    E para mais que para algumas pessoas da direcção alegadamente existam projectos de abertura de novos estabelecimentos e claro que com polémica podem ter a vida dificultada!
    É Triste ter uma associação assim em que meia dúzia de pessoas se reveêm!

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  4. A propósito,não era o dono do Mahjong que "arrotava postas de pescada"?...Pois é..Pela boca morre o peixe..E neste caso não é nem sushi!

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