28 janeiro 2009

TRÁFICO VOLTA AO BAIRRO ALTO


Comerciantes dizem que Polícia Municipal só intervém para fiscalizar encerramento dos espaços.



Com o encerramento obrigatório às 2 horas e a promessa de reforço de efectivos policiais no Bairro Alto, os comerciantes desta zona de diversão nocturna decidiram deixar de pagar a agentes da PSP para vigiar as ruas. Novembro foi o último mês em que os polícias gratificados o fizeram. Agora, dizem os gerentes dos espaços, voltou em força um problema antigo, o tráfico de droga, que não tinha desaparecido por completo, mas estava mais controlado.
Nas ruas da Atalaia e do Diário de Noticias, como o METRO pôde comprovar numa sexta-feira à noite, os "dealers" assediavam os clientes que estavam na rua. Eram vários, e deslocavam-se muitas vezes aos pares. Um deles escondia mesmo parte do estupefaciente numa sarjeta, para a eventualidade de ser surpreendido com uma grande quantidade de produto.
"Piorou bastante. Em todas as esquinas estão traficantes. Ainda esta quinta-feira, uns clientes tiveram problemas por causa deles", diz ao METRO Bruno Pereira, gerente do Jurgen's Bar, acrescentando que a situação tinha "melhorado imenso" quando o policiamento era custeado pelos comerciantes. "Agora, voltou ao mesmo", acrescenta Maria de Lurdes, do restaurante Império dos Sentidos.


Recolher obrigatório


Segundo Belino Costa, presidente da Associação de Comerciantes do Bairro Alto, esta medida, que durou quatro meses, "deixou os comerciantes satisfeitos". "Notou-se logo um ambiente diferente no Bairro Alto", diz. "No total, eram pagos dez mil euros mensais, 120 por cada aderente. Quatro a cinco polícias estavam responsáveis pelo turno das 20 às 24 horas e seis a oito pelas horas seguintes.
Com a obrigatoriedade de encerramento às 2 horas, os associados reuniram-se com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, onde lhes foi prometido que a Polícia Municipal iria destacar mais agentes para o local. Assim confirma ao METRO Duarte Moral, assessor do autarca: "Esse reforço está a ser cumprido".
Contudo, os comerciantes sentem que os agentes no Bairro Alto estão presentes para fiscalizar o "recolher obrigatório" e não para impedir o tráfico. "Como é possível que a polícia não veja o que eu vejo - gente a traficar, a esconder droga em buracos -, e às 2 h estejam dez agentes à minha porta para verificar se já encerrei?", interroga Cristina Almeida, proprietária do Chueca Bar, na Rua da Atalaia.
Ao METRO, a Polícia Municipal esclarece que fiscalizar o fecho de bares é uma das suas competências. "Os nossos efectivos podem intervir caso detectem uma situação dessas, mas estamos lá essencialmente para fazer cumprir regulamentos municipais", diz André Gomes, comandante desta força. Contudo, promete que vai tomar "mais atenção" ao problema.
Já fonte da PSP garante ao METRO que o "policiamento foi reforçado já na altura dos gratificados, e manteve-se". No entanto, admite, "nessa altura estava provavelmente mais controlado".


ANDRÉ BARBOSA


Metro, 28 de Janeiro 2008

25 janeiro 2009

HOMENAGEM A CARLOS DO CARMO


Esteve concorrido e animado o jantar de ano novo que contou com a presença de Carlos do Carmo, alvo de uma sentida homenagem por parte da ACBA.
O antigo proprietário da Casa de Fados, “Faia”, teve oportunidade de reencontrar velhos amigos e descobrir uma nova geração. Surpreendido com a presença de tantos jovens Carlos do Carmo saudou todos os presentes, agradeceu a distinção recebida e, em face do que classificou como um “belo exemplo de associativismo”, a todos incentivou dizendo: “Continuem assim, juntos, solidários e activos civicamente em prol do Bairro Alto .”




19 janeiro 2009

VENDEM-SE PALÁCIOS


Câmara aliena edifícios: Lisboa quer ser Capital do Charme
15/01/09, 01:05
OJE

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) apresentou terça-feira a iniciativa 'Lisboa, capital do Charme', que, entre outras medidas, visa alienar seis edifícios de interesse patrimonial e arquitectónico, localizados em bairros históricos da cidade. O objectivo: tornarem-se hotéis de charme. No total, estas unidades deverão ter uma oferta de 155 quartos, uma média de 25 por hotel, destinados a turistas com 'elevados padrões de exigência', salvaguardando em simultâneo 'o usufruto público'.

Entre os seis edifícios que a CML pretende alienar encontram-se cinco palácios, a saber o Palácio Brancaamp, no Príncipe Real, o Palácio Pancas Palha, em Santa Apolónia, o Palácio do Machadinho, na Madragoa, o Palácio do Visconde do Rio Seco, no Bairro Alto e o Palácio Benagazil, junto ao aeroporto. Será também alienado o Edifício do Passo da Procissão do Senhor dos Passos da Graça, junto ao Castelo de São Jorge.

António Costa, presidente da CML. referiu que o principal objectivo das alienações não é o encaixe financeiro, mas sim a recuperação do património e o aumento de uma oferta diferenciada em Lisboa.

António Costa defendeu que os edifícios 'são uma mais-valia importante' mesmo em tempo de crise', destacando 'o valor patrimonial' dos edifícios e a 'experiência diferenciadora' do segmento a que se destinam.

Vítor Costa, director-geral da Associação de Turismo de Lisboa (ATL), que colabora com este projecto, salientou ainda que 'quando estes hotéis estiverem no mercado 'certamente a crise estará ultrapassada' e que 'estaremos mais preparados para a retoma com sucesso'.

No total, a base de licitação dos imóveis está definida em 12,7 milhões de euros, e o autarca de Lisboa espera que a alienação dos imóveis seja discutida em Fevereiro em Assembleia Municipal e que as hastas públicas se possam realizar a partir daí a um ritmo de uma de 15 em 15 dias.

O projecto 'Lisboa, Capital do Charme' está alinhado com o Plano Estratégico Nacional do Turismo, que recomenda o crescimento moderado da oferta hoteleira até 2017, ano em que Lisboa deve oferecer um total de 42.521 camas. Em 2007, a cidade dispunha de 26615 camas.

Palácio Brancaamp. Do século XIX, situa-se na zona do Príncipe Real, tem uma área coberta de 538 m2 e descoberta de 960 m2, foi residência dos políticos Anselmo Brancaamp Freire e Fontes Pereira de Mello. Base de licitação: 1,8 milhões de euros.

Palácio do Visconde do Rio Seco. No Bairro Alto, do século XVIII, tem uma área coberta de 319, 20 m2 e descoberta de 37, 05 m2, foi propriedade do visconde do Rio Seco e acolheu a Sociedade Editorial Democrática e a Empresa Nacional de Culinária. Base de licitação: 400.024 euros.


Palácio Benagazil. Junto ao aeroporto, do século XIX, tem uma área coberta de 540 m2 e descoberta de 850 m2, foi a casa de recreio da Quinta Policarpo, construída pelo primeiro visconde de Benagazil, Policarpo José Machado. Base de licitação: 1,4 milhões de euros.
Edifício do Passo da Procissão do Senhor dos Passos da Graça. Junto ao Castelo de São Jorge, do século XVIII, tem 650 m2, e integra o monumento do passo da procissão do Senhor dos Passos, que está inventariado e deverá ser totalmente preservado.
Base de licitação: 1,5 milhões de euros

Palácio do Machadinho. Na Madragoa, do século XVIII, tem uma área coberta de 1.698 m2 e descoberta de 2.292 m2, foi propriedade de José Pinto Machado, 'o Machadinho', do poeta António Feliciano de Castilho e do filho, o olisipógrafo Júlio de Castilho. Base de licitação: 3,3 milhões de euros Palácio Pancas PalhaEm Santa Apolónia, do século XVIII, classificado como imóvel de interesse público, tem uma área coberta de 1.260 m2 e um logradouro com 3.386 m2, pertenceu a D. Luís de Meneses e às famílias Palhas e Van-Zeller.
Base de licitação: 4 milhões de euros

13 janeiro 2009

JANTAR DE ANO NOVO

Carlos do Carmo entre Lucília do Carmo e Charles Aznavour quando dirigia o Faia (1965)

JANTAR DE ANO NOVO

HOMENAGEM A CARLOS DO CARMO


A DIRECÇÃO DA ACBA TEM O PRAZER DE CONVIDAR TODOS OS ASSOCIADOS A PARTICIPAREM NO JANTAR DE CONVÍVIO E HOMENAGEM A CARLOS DO CARMO QUE SE REALIZA NO PRÓXIMO DIA 20,TERÇA-FEIRA, PELAS 20 HORAS, NO RESTAURANTE COCHEIRA ALENTEJANA.

PREÇO: 20 EUROS
Pré-pagamento

Inscrições:

Membros da direcção da ACBA

Cocheira Alentejana - Travessa do Poço da Cidade 19
Telf: 213464868

comerciantesbairroalto@gmail.com

10 janeiro 2009

RESTAURANTE CEM MANEIRAS


A nova vida no Bairro Alto de um cozinheiro sempre 100 Maneiras


DUARTE CALVÃO

Ljubomir Stanisic. Há dez anos, após um início de vida difícil na Bósnia e na Sérvia durante a guerra, ele chegou a Portugal e tornou-se num dos chefes mais elogiados pelos gastrónomos. "Mau gestor", foi à falência no restaurante em Cascais, mas agora voltou com um pequeno espaço de 'cozinha de mercado'

Numa pequena cozinha, só com uma ajudante, ele quer fazer menus de 35 euros

Ljubomir Stanisic não tem meias palavras para descrever o que lhe aconteceu: foi à falência. E considera-se um "mau gestor". Quatro anos depois de ter aberto o 100 Maneiras em Cascais, este cozinheiro jugoslavo (como ainda gosta de se considerar) nascido em Serajevo há 31 anos fechou portas em Dezembro e reabriu agora no Bairro Alto, no local do primeiro Olivier (antigo Porta Branca). Uma nova fase da vida movimentada de um dos mais talentosos cozinheiros a trabalhar em Portugal.

Quem conhecia o anterior espaço, vai ficar surpreendido por agora estar todo pintado de branco e com mobília nova. "Fizemos uma grande remodelação, incluindo na cozinha, que é muito pequena", explica o chefe. De facto, não foi só de espaço que o 100 Maneiras mudou. "Na cozinha, vou ter apenas a Carla a ajudar--me. Se eu ficar doente, o restaurante não abre...", afirma. A "ajudante", juntamente com o marido, Nélson Santos, são os sócios do novo 100 Maneiras e foram eles que convidaram Ljubomir (ou Ljubo, como os amigos o conhecem) para assumir a cozinha. "Eu estava um bocado deprimido e cheguei a pensar em mudar-me para a China, onde estive agora várias vezes a trabalhar, ou para Angola, mas eles puxaram por mim e disseram-me que o meu lugar é aqui", diz.

De facto, não há sombra de depressão no entusiasmo com que Ljubomir trata dos últimos preparativos da abertura e nota-se a ansiedade em dar a conhecer os seus novos pratos. "Em Cascais, só o menu degustação custava 68 euros. Aqui, vamos fazer menus a 35 euros, com seis ou sete pratos", garante.

Qual é o segredo, visto que ele assegura que não mudará o seu estilo de cozinha? "Só vamos ter um menu por dia, feito de acordo com os produtos da praça, comprados no Mercado da Ribeira. Aliás, já me estou a dar muito bem com as peixeiras e as vendedoras de lá. Por outro lado, além dos sócios e de mim, temos mais uma copeira e duas pessoas na sala", explica, mas fazendo questão de afirmar que continuará a ter bons copos, talheres e serviços de loiça, bem como uma boa selecção de vinhos. Para já, abre somente para jantar (fecha aos domingos), mas no futuro pretende ter almoços a preços ainda mais baixos.

"A crise afectou muito a restauração, sobretudo casas como o 100 Maneiras de Cascais, mas as pessoas querem pratos mais criativos. Só não estão dispostas é a pagar cem euros por refeição", diz, seguindo, aliás, uma tendência que está a espalhar-se pela Europa e que ficou conhecida como "bistromania" (de bistrot, restaurante popular francês).

Com a ajuda dos amigos, incluindo Olivier Costa, que lhe "passou" o restaurante, e da mãe, Rosa, que deixou o emprego na Embaixada da Sérvia em Sófia para lhe vir dar apoio, Ljubomir Stanisic afirma que não guarda mágoas de Cascais, mas que quer fazer de Lisboa e do Bairro Alto o seu novo mundo. "Vamos ver se é desta que consigo assentar. E a dedicar-me só à cozinha...", garante.

IN: http://dn.sapo.pt/2009/01/10/dngente/a_nova_vida_bairro_alto_um_cozinheir.html

08 janeiro 2009

LES MAUVAIS GARÇONS

foto de Veronica Leitão

Parisian aura in Bairro Alto


Rita Esgalhado e Verónica do Carmo


Imagine an old Parisian café, with little wrought-iron tables, old leather armchairs and vintage black and white pictures hanging on the walls.
Now you can transfer this image into Lisbon’s Bairro Alto, and add a touch of 21st century modernity - wi-fi internet connection, Chill Out or Bossa Nova ambient music, some seriously delicious meals and snacks, which mix Italian, French and Spanish ingredients - and you have Les Mauvais Garçons!
When we first found this spot it was love at first site - this is one of the cosiest bistrôs in town! In the same space you can find groups of friends having after-work drinks, couples in a romantic date and mysterious loners reading a book or surfing the web.
In its crowdest periods (usually before diner), it can be quite noisy as its different influences bring people from all over the world there - sometimes it can seem like the Tower of Babel!
But most of the times this is a top spot to go to, with a nice wine selection, famous appetizers and desserts and a trendy atmosphere!
Vee’s favourites - Amazing Desserts.
Rita’s favourites - Vintage leather armchairs, bruschettas and pan tomaquet (crusty bread with a spicy tomato sauce)
Details about this spot Les Mauvais Garçons Bars, Snacks Wine € 2.50Rua da Rosa 39 Bairro Alto 21343321212:00 - 00:00 daily

01 janeiro 2009

CALCUTÁ NA RUA DO NORTE


Comida indiana com um conto de Afonso de Melo

por SP em Dezembro 21,2008

O restaurante Calcutá 1, na Rua do Norte, no Bairro Alto, em Lisboa, é de Hiren Tambaclal, um amigo aguedense que nos visita amiúde. Abriu portas a 8 de Setembro de 1998. E Tornou-se um caso raro de sucesso, procurado por todos os que apreciam comida indiana. vai editar 31 receitas em livro, com um conto de Afonso de Melo.Casa de referência no serviço de cozinha oriental, o restaurante Calcutá, tornou-se um espaço de convívio e de conversa para figuras bem conhecidas do teatro, da música, da política, do desporto e dos jornais. Gente de Águeda, por lá passa amiudadas vezes.O crescimento contínuo e a fidelização cada vez maior dos clientes levou a que surgisse, em 7 de Junho 2001, o Calcutá 2, na Rua da Atalaia, bem perto do seu «irmão mais velho». E ambos são, hoje em dia, verdadeiros embaixadores dessa grande expressão da cultura da Índia que é a culinária. A comida indiana é tão diversa como a própria cultura desse país gigantesco, tão heterogénea como a sua estrutura racial, tão diferente como a sua geografia, tão exótica como o seu clima. A essência da boa cozinha indiana assenta na utilização apropriada dos condimentos aromáticos. A subtileza da mistura fascinante de uma enorme variedade de condimentos está na arte de fazer realçar aromas e não deixar que determinados sabores oprimam o sabor básico de determinado prato. Em geral, estes condimentos são usados igualmente como aperitivos e como digestivos.O Hiren passou estes sabores a livro, com 31 receitas dos seus pratos do Calcutá. Vai acompanhado de um conto inédito do aguedense Afonso de Melo, nosso colaborador de sempre.
«Não consigo dormir com o barulho dos indianos a reincarnar», assim se chama o livro, assim como quem nos chama para a cozinha de sabores que é a gastronomia indiana. E a sugestão aqui fica: é ir lá, ao Hiren, comer alguns dos 31 pratos. Para voltar, depois!


http://www.soberaniadopovo.pt/portal/index.php?news=9633