28 setembro 2011

BEBER COM RESPONSABILIDADE


Com o objectivo de alertar os jovens para as nefastas consequências que poderão advir do excesso de consumo de bebidas alcoólicas realiza-se amanhã, quinta-feira, uma acção de sensibilização no Bairro Alto. A iniciativa, que se realiza um pouco por toda a Europa, designa-se Responsible Party, e vai servir também para a realização de um inquérito aos jovens consumidores.

O programa Responsible Party nasceu da parceria internacional entre a Pernod Ricard e a ERASMUS para implementação em toda a Europa. A ideia que está na base deste projecto é a promoção do conceito de consumo de bebidas alcoólicas de forma responsável e na organização de momentos de festa seguros. Promotores e promotoras, devidamente identificados, circularão no Bairro Alto realizando uma série de inquéritos aos consumidores premiando os mesmos com a oferta de alguns brindes identificativos da acção que, no seu conceito,pressupõe a ausência de qualquer patrocínio de bebidas alcoólicas ou a promoção do seu consumo. A iniciativa tem o apoio da Associação de Comerciantes do Bairro Alto.

20 setembro 2011

NO BAIRRO DAS ARTES: A 22 SETEMBRO

Pelo segundo ano consecutivo, o I Love Bairro Alto e a Galeria das Salgadeiras organizam o evento "Bairro das Artes - A Rentrée Cultural da Sétima Colina" com inaugurações e eventos simultâneos em quatorze galerias da Sétima Colina.

A 22 de Setembro entre as 19h e as 23h será possível visitar as galerias associadas e disfrutar de uma oferta artística bastante eclética e contemporânea, percorrendo as ruas, miradouros, jardins, praças e recantos de um dos bairros mais cosmopolitas de Lisboa. Um verdadeiro bairro das artes que alberga quase metade das galerias actualmente em actividade e com programação regular na cidade de Lisboa.
À semelhança da edição de 2010 centenas de pessoas  poderão percorrer a Sétima Colina e experienciar as diferentes propostas das galerias associadas.

Galerias Associadas:

3+1 Arte Contemporânea

Claire de SantaColoma

"A escassez nos salvará da catástrofe"
Alecrim 50

Colectiva com curadora de Maria Ferreira

"Repouso na Acção"

Allarts Gallery

Ana Cristina Dias

"Anos de Ouro"
Galeria Graça Brandão

Nuno Ramalho

"Auto-ajuda"

Galeria João Esteves de Oliveira

Colectiva

"Regresso ao Acervo e Rita Guimarães + Almudena Lobera"

Galeria Maria Lucília Cruz

Carlos Matos

"Caixas de Luz"

Galeria Novo Século

Heitor Figueiredo

"Com Trastes"

Galeria Quadrado Azul

Fernando Lanhas

"Fernando Lanhas"

Galeria das Salgadeiras

Guilherme de Almeida Ribeiro

"Resiliência"

Galeria São Mamede

Nuno Santiago

e Maria Leal da Costa

KGaleria

Jamie-James Medina e Mathew Salcause

"Sanza-Hanza"

Paulo Cabral

Rui Viena, Luís Monteiro, Jean Pierre dos Santos, Romeu Costa e Adelaide Barbosa

Obs: momento musica com o grupo de Jungle Jass Orquestra

Trema

Javier Léon

Saliva

Sala 3

Fernando Daza

"O branco do papel"

Who Galeria

Yann Gilbert

"Farewell"

Obs: Performace das 20h às 00h

11 setembro 2011

UM MORADOR CHAMADO BOCAGE


 

Memória de Bocage

por António Mendes Nunes,

Nas biografias de Manuel Maria Barbosa du Bocage consta com precisão onde nasceu, quem eram os pais, por onde andou, o que fez, a sua obra, onde esteve preso (às ordens de Pina Manique), onde viveu os últimos dias e até de que morreu, mas é pouco conhecido o local onde foi sepultado e o descaminho trágico que os seus ossos levaram. Júlio de Castilho, no volume III do "Bairro Alto", conta-nos a história.
Bocage morreu na sua casa, na Travessa André Valente, no actual nº 25, ao Bairro Alto, a 21 de Dezembro de 1805, com 40 anos, vítima de aneurisma. Nessa altura, no quarteirão entalado entre a Rua dos Caetanos, a Travessa das Mercês e a Rua Luz Soriano, existia um cemitério.
Na sequência da vitória dos liberais, em 1834, foram proibidos os enterramentos em igrejas e adros, tendo-se construído os dois grandes cemitérios de Lisboa, o dos Prazeres e do Alto de S. João. Esteve muitos anos abandonado o pequeno cemitério das Mercês, até que em 1897 foi o espaço vendido em hasta pública para nele se construir uma fábrica de carruagens. O construtor, Oliveira Silva, homem de alguma cultura, sabia que no coval 36 estava sepultado Bocage. Apesar dos seus esforços, apenas conseguiu promessas. Conforme podia, Oliveira Silva lá ia deixando aquela parte do chão do cemitério para o fim. Mas a incúria e a burocracia acabaram por atirar os restos mortais do poeta para uma vala comum do Alto de S. João.