23 junho 2009

COMISSÃO REJEITA VENDA DE PALÁCIOS

Lisboa, 21 Jun (Lusa) -- A Comissão de Habitação vai recomendar à Assembleia Municipal de Lisboa que recuse a venda dos palácios que a autarquia quer alienar para serem transformados em hotéis de charme, disse à Lusa fonte daquela estrutura.
"A nossa posição mantém-se na defesa de que os edifícios não precisariam de deixar de ser propriedade municipal e que a autarquia poderia concessioná-los para que fossem recuperados e usados como hotéis de charme, por exemplo", disse o presidente da comissão, Pedro Portugal Gaspar.
A proposta inicial de venda em bloco de seis edifícios apresentada pela autarquia acabou por ser chumbada pela Comissão em Janeiro e a Câmara reformulou a ideia, optando por excluir o edifício do Passo da Procissão do Senhor dos Passos da Graça, no Largo Rodrigues de Freitas (Socorro) e apresentar propostas de alienação separadas para cada um dos restantes.
Para a próxima Assembleia Municipal, está agendada a discussão de duas propostas de alienação, relativas aos palácios Benagazil, junto ao aeroporto, e Visconde do Rio Seco, no Bairro Alto.
"Como o vereador, na reunião que manteve com a Comissão, assumiu que não são estas vendas que vão resolver os problemas financeiros da autarquia, apenas libertaria a câmara das despesas de recuperação dos imóveis, consideramos que havia outras opções", disse Pedro Portugal Gaspar.
Nos casos do palácio Visconde do Rio Seco, a Comissão propunha que o imóvel fosse recuperado, com o custo a ser englobado no empréstimo de 120 milhões de euros para reabilitação urbana que a autarquia pretende contrair junto do Banco Europeu de Investimento.
"O custo estimado dessa recuperação é cerca de um milhão de euros", avançou o responsável, adiantando que o edifício poderia depois ser transformado em residência universitária.
"Até ajudaria a dar vida ao Bairro Alto", realçou.
SO
Lusa