DUAS NOTÍCIAS SOBRE UM EDIFICIO HISTÓRICO

Julho 2008: AO ABANDONO

“O incêndio de domingo, na Avenida da Liberdade, aumentou as denúncias para vários casos de edifícios em situações de risco. Os últimos dados apontam para cerca de 4600 prédios devolutos só na cidade de Lisboa.

O número 26, na Rua Diário de Notícias, no Bairro Alto, é um dos edifícios devolutos. A antiga casa do jornal «A Capital» está ao abandono com as infra-estruturas em ruínas, as janelas partidas e a erva a alcançar quase um metro de altura. O espaço é agora uma das preocupações para os moradores e comerciantes da zona.

Uma permuta entre a Câmara Municipal de Lisboa e a empresa que detinha o edifício fez com que o espaço passasse a estar na posse da Autarquia, em 2001. O problema é que passou também a ser mais um entre os 4600 prédios devolutos que existem na cidade.”

In http://www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=970085

Fevereiro 2005: CENTRO DE ARTES

“A obra do Centro das Artes d'A Capital, futura sede dos Artistas Unidos (AU), deverá ser adjudicada em Setembro, antes das eleições autárquicas. A garantia foi dada pela vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, Maria Manuel Pinto Barbosa, que ontem reuniu com o director do grupo teatral, Jorge Silva Melo.

"O caderno de encargos está pronto e já foi aprovado pelo Gabinete do Bairro Alto", disse Silva Melo. Durante a próxima semana, o documento deverá ser entregue pela autarquia a cinco arquitectos para que elaborem um pré-projecto para a reconversão do antigo edifício que os AU ocupavam no Bairro Alto. "Um deles será o Pedro Maurício Borges, por sugestão minha. Os outros serão designados pela câmara."

O projecto para o centro de artes dos AU entra agora numa nova fase. Se os prazos iniciais tivessem sido cumpridos, Silva Melo estaria em condições de o inaugurar em Julho. "Se adjudicarmos em Setembro, como pretende a câmara, poderemos abrir em meados de 2007, quando eu fizer 60 anos", acrescenta o encenador, explicando que os planos iniciais também foram alterados. O centro deverá ter 3.500 metros quadrados, contra os cinco mil previstos em 2003. (…)”

Por JOANA GORJÃO HENRIQUESE LUCINDA CANELAS
^{Sábado, 12 de Fevereiro de 2005 - PÚBLICO}